Dar ou não dar limites, eis a questão.
Hoje recebi um texto, enviado pela super Marcia Vanzela, fazendo uma paralelo entre o lamentável caso Eloá e a falta de limites dos pais. Colo aqui um link para lê-lo, na página original que foi publicado.
Essa questão da falta de limites é um assunto delicado, porém, muito explorado. Na internet, há milhares de textos afirmando que os pais de hoje não educam, não estabelecem limites, não dizem não, etc. Joga-se um caminhão de culpa nos ombros dos perdidos pais, sem critério algum.
Eu leio estes textos com um olhar suspeito. O limite tem que existir. Claro. Não só na vida das crianças, mas na vida dos adultos. É o limite que me faz catar o cocô do meu cachorro nos espaços públicos. É o limite que me faz não parar em fila dupla na porta da escola. É o limite que me faz mudar minhas atitudes de consumo. É o limite que me diz quando é hora de pedir demissão ou de reduzir as horas que passo na frente do computador. Limite é bom. Mas não da forma como muita gente prega. Limite não é palmada. Limite não é falar "não" o tempo todo. Limite não é castigo. Pelo menos não é assim que eu vejo. Limite para mim é firmeza e respeito. Firmeza para fazer valer as regras (cuidado para o excesso delas!) e respeito para não ultrapassar nem o meu limite e nem o da criança. Limite, por incrível que pareça, é libertar. Dar as orientações necessárias para que a criança ganhe sua autonomia e adquira autocontrole, sem precisar de ter alguém o tempo todo lhe dizendo o que pode ou não fazer.
Mas como eu sou só uma mãe, tentando a duras penas fazer o meu melhor (que, aliás, está longe de ser o ideal) deixo para quem se interessar dois textos com outro ponto de vista e um livro de um grande especialista. Os textos (1 e 2) são da Rosely Sayão, criticando justamente o excesso de limites - verdadeiras raridades na internet. O livro se chama "Limite, três dimensões educadionais", do Yves de La Taille, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e um dos mais respeitados especialistas em moralidade.
E vou encerrar porque este texto chegou ao seu limite.
Comentários
Bjkas
Sempre escuto um milhão de palpites de como fazer isso ou aquilo, mas como li quando estava grávida, a palavra "palpite" vem de palpitar do coração, cheio de boas intenções... Mas como diz a minha CUnhada, coco de filho os outros podem até falar, hummm, acho que ele está sujo, mas só a mãe troca!
beijos Dri