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Mostrando postagens de setembro, 2008

Meu ouvido não é penico!

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Já que está na moda, eu também vou lançar uma campanha. Chama-se "Meu ouvido não é penico!" O motivo é nobre e tenho certeza que contarei com sua ilustre adesão. Não aguento mais político falando asneira em horário eleitoral. Tomam um tempo precioso da nossa novelinha nos obrigando a ouvir um monte de contos da carochinha, que sabemos, não serão colocados em prática nem se eles tivessem 20 anos de mandato. Que dirá em 4. Acompanhe o raciocínio da campanha: quando se trata de um produto, a publicidade é considerada documento e - tudo o que é prometido em anúncios - precisa ser cumprido. Se o produto não entregar o que promete na propaganda viola as leis do consumidor e pode até ser tirado do mercado, dentre outras sanções. A campanha "Meu ouvido não é penico" quer que se aplique o mesmo raciocínio da propaganda de produto na propaganda eleitoral. Prometeu, tem que cumprir. Afinal de contas eles não estão querendo nos convencer a "comprar" um político o

Maratonas Matinais

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O despertador toca às 6 da manhã. O maldito nunca falha (seria ainda mais maldito se falhasse). Saio da cama toda amassada e visto qualquer coisa. Acordo os meninos que resmungam e se enfiam debaixo do edredon. Coloco os uniformes ao lado deles e chamo-os mais uma vez. "Vamos, meninos, coloquem o uniforme, está na hora". Desço para preparar o café e as lancheiras. Quinze minutos se passam e estranho o silêncio. Subo. Meninos ainda debaixo do edredon. "Vocês ainda não levantaram?! Vamos, coloquem o uniforme". Desço novamente quando percebo que eles começaram a sair do coma. Continuo a preparação de lanches e sucos. Desce o primeiro e se senta no sofá. "Vem tomar café, filho". Desce o segundo com o tênis na mão "Filho, calce o tênis". O terceiro não aparece, subo novamente. Ele está dormindo sem camisa, com a calça do uniforme enfiada em uma perna. Acordo-o e levo-o para o banheiro. Ele pergunta muito bravo: "Mãe, hoje é amanhã?". Acho g

Poderosas

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Quando eu era criança, mulheres casadas eram todas senhoras. Tinham cabelo de senhora, conversa de senhora, roupas de senhora e postura de senhora. Não importava a idade, se tinham 27, 35 ou 50 anos. Parecia que casar com o príncipe encantado e ter filhos automaticamente as colocava numa categoria de pessoas responsáveis, adultas, sérias, sensatas e principalmente, assexuadas. Como diz o Nelson Rodrigues "Como é possível fazer sexo com a Santa Mãe dos meus filhos?" De repente, surge na minha vida a Rita Lee. Com ela aprendi que era possível casar com o príncipe encantado e mesmo assim ter cabelos vermelhos flamejantes, franjinha, usar roupas descoladas, andar de tênis, fazer coisas bem insensatas e dar, dar muito, na cozinha, na sala ou até dentro da piscina, como na propaganda da Ellus (que você pode assistir abaixo). Santa Rita de Sampa, você ajudou a enterrar muitas futuras senhorinhas. Louvada seja! Depois veio a Madonna. Com ela aprendi que não só era possível casar,

O monstro que mora em mim

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Outro dia deixei escapar o monstro. Foi com meu filho caçula. O monstro saiu raivoso, colérico, cruel. A expressão de medo no rostinho dele (essa doeu!) me fez imediatamente acordar e lutar para recolher o monstro. Mas era tarde. O estrago já havia sido feito e foi um episódio muito difícil para nós dois. Decidi que já era tempo de dar um jeito neste monstro. Ficou óbvio neste dia, que o método que usei até hoje de trancá-lo em um quartinho escuro e secreto, não estava mais funcionando. E não havia mais cadeados que o segurassem. Precisava de outra estratégia. Entendê-lo era um princípio. Que monstro é esse? Por que ele mora em mim? Só eu que o tenho? Por que não o controlo? Perguntas e mais perguntas foram brotando. Uma coincidência me fez entender melhor o monstro. Fui ao cinema ver o filme "Piaf". Saí de lá convencida que meu monstro é um Pikachu perto do dela. Você olha para a mulher e consegue enxergar o tamanho do bicho que mora lá dentro. É preciso um furacão de furia

Lição de vida

Meninas, este vídeo me mostrou qual a coisa mais importante que devo ensinar a meus filhos. Desde os tempos do " Tapa na Pantera " eu não dava tanta risada. Espero que vocês também gostem. 

Retornos

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Outro dia, me deu de pensar nos muitos retornos que fazemos na vida. Como o retorno caranguejo que é sair com um ex. Ou o retorno B.O. que é tomar umas e dirigir. Tem também o retorno Yes! Yes! Yes! que é orgasmo múltiplo. O retorno mais comentado da história é o do filho pródigo. E olha que naquele tempo nem tinha revista Caras. Retorno filho da puta é o que fica depois do pedágio. O retorno de Helena é novela do Manoel Carlos.  Meu, que foda esse retorno! é voltar pra São Paulo depois do feriadão. O retorno "Começar de novo" é o de Narjara Turreta. O retorno bota pilha no sabre é o de Jedi. E quase ia me esquecendo do retorno mais esperado do ano que é devolução do Imposto de Renda.    O Ombudsmãe retorna. Mais completo, mais interativo, mas ainda sendo pensado. Aguardem os próximos retornos. Um beijo, Taís

Vergonha

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Imagine que você trabalha em uma fábrica na qual praticamente toda a produção sai defeituosa. Avaliação após avaliação, o produto que você produz é constantemente bombardeado. Ele não é apto nem para as funções mais básicas para as quais foi fabricado.  Você vive reclamando do salário, do ambiente de trabalho e é plenamente consciente de que existem formas muito mais eficientes de exercer sua função. Mas nenhuma delas é posta em prática na fábrica onde você atua. Sua auto-estima é baixa, seus colegas vivem reclamando. E, o que é pior, você sabe que existem fábricas produzindo bem melhor e com muito mais alegria que a sua e os produtos deles dão um banho no seu.  Deu para imaginar o cenário?  Agora imagine que uma pessoa vem questioná-lo sobre sua satisfação com esta fábrica e VOCÊ RESPONDE QUE ESTÁ SATISFEITO!!!!!!! Essa foi exatamente a resposta dos professores brasileiros na pesquisa da Veja sobre o índice de satisfação com as escolas públicas.  Que o pais tenham se considerado