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Perola e Janis

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Perola e Janis Perola me liga pra saber como estamos indo de quarentena. Ela tinha acabado de chegar do Quênia, país quente para onde escapa todos os anos, assim que chega o inverno na Europa. A conheci no bar onde ela vai todos os finais de tarde tomar um aperitivo e, logo de cara, ela se tornou uma dessas mulheres que me fascinam. Perola nasceu em Roma e teve uma adolescência como a de todas as meninas da época. Até que um dia, como ela mesma conta, escutou Janis Joplin e sua vida nunca mais foi a mesma (cada um tem a sua Rita Lee). Mudou tudo. O modo de pensar, vestir, os planos. Virou hippie, casou-se e montou com o marido um restaurante macrô no bairro do Trastevere, na Roma dos anos 60. A relação era aberta. Tão aberta que, um dia, ela se deu conta que estava fora. No mesmo dia, empacotou o que tinha, pegou a filha e tomou o rumo de uma cidadezinha no interior da Itália, onde um amante vivia. Ficaram juntos até a morte dele, há 15 anos. Foram felizes. Ao telefone,