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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

A infância do meu filho não está a venda.

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O mercado de cosméticos é bilionário. E de onde vem estes bilhões há muito mais. Isso não é suficiente para acalmar a fome de lucros das empresas. Eles querem mais, muito mais. Às custas de quem? De nossos filhos. Nessa semana, dois fatos me deixaram bastante preocupada com o rumo que as coisas estão tomando. Primeiro a notícia que o Walmart está para lançar a linha Geogirl, com produtos de beleza de verdade, de uso diário, para  crianças de 8 a 12 anos. Depois, a propaganda ridícula da linha Avon Barbie na Nickelodeon. Na internet você vai encontrar muitos textos sobre a linha Geogirl. Deslumbretes achando tuuuuuudo. E gente questionando se nossas tão violadas crianças precisam de mais essa. Por mim, já tá decidido: o Walmart não me pega mais. Tenho consciência de minha pequenez diante deste gigante, mas essa formiguinha tem muito orgulho de não dar mais um centavo pra essa rede de varejo que quer lucrar às custas da autoestima e da adultização de menininhas. Outros gigantes que

Filhos fora da Matrix (Criando filhos felizes, parte 2)

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Filhos fora da Matrix (Criando filhos felizes, parte 2) Outro dia, uma amiga comentou angustiada que o filho era muito submisso. O garotinho de 5 para 6 anos, era doce demais a ponto de fazer concessões não tão favoráveis a si próprio em troca de manter as amizades. Na hora, me lembrei de uma frase que havia escutado de uma educadora : "É preciso ser submisso para aprender a não se submeter". Uma frase forte, papo cabeça e que não aliviou em nada os anseios da mãe naquele momento. Reencontrei a criança cerca de um ano e meio depois. Ele me contou que havia brigado com o amigo. O motivo, nas palavras dele: "Ele fica me chamando de mané. Eu não sou mais mané." Fiquei muito impressionada. Na minha frente havia outra criança, mais segura, independente, consciente de seu valor. Quando li os comentários no texto anterior , senti a angústia crescente dos pais com a relação "criança x consumo x felicidade" e não pude deixar de associar os ensinamentos. So

Criando filhos felizes.

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Criando filhos felizes. Todos nós queremos "apenas" que nossos filhos sejam felizes. Meta ambiciosa essa. Se desejássemos "apenas" que eles fossem astronautas da Nasa, presidentes da república ou o novo Lama que libertará o Tibet, teríamos uma chance maior do nosso desejo se realizar. Mas somos ocidentais ambiciosos e a tal felicidade é nossa meta. Para isso preparamos nossos filhos desde muito pequeninos para conquistá-la. Como? Com uma intensa fomação material e intelectual. Melhores escolas, estímulo à leitura, boa alimentação, exercícios físicos, brinquedos - muitos brinquedos, informática, música, inglês, Danoninho e tudo o mais que a sociedade nos oferece e anuncia como a chave para um ser humano pleno e feliz. Não precisamos olhar além de nossos próprios muros para ver que há algo de bem errado com esta fórmula. Somos adultos com conforto material, saúde, carreira, família, carro do ano, pílulas para sorrir, trepar e dormir, aipédis, aipódes, aifones e,