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Mostrando postagens de maio, 2009

Escola "forte" é escola boa?

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Vamos dar uma rápida olhada ao mundo ao nosso redor. 1) o vestibular, eterna desculpa para o ensino decoreba massificante, aos poucos perde relevância na nossa sociedade. (Clique aqui para ler uma notícia sobre este tema) 2) Quem não tem um diploma da USP, UNICAMP ou das Federais não está mais condenado a ser um profissional de segunda categoria. Muito pelo contrário. 3) Carreiras consagradíssimas deixaram de ser sinônimo de burro na sombra. Hoje em dia médicos vivem rebolando à mercê de convênios, engenheiros são demitidos em massa - com uma canetada, e advogados...é bom nem comentar. 4) Novas profissões surgem do dia para a noite. Inovadoras, irreverentes, fora dos parâmetros. Meu filho mais velho agora quer ser arquiteto sustentável. Há 3 anos eu não saberia do que se trata tal profissão. Meu outro filho que ser "escalador de árvore". Damos risada, mas as pessoas que promovem o arvorismo estão ganhando dinheiro fazendo o quê? Um coleguinha deles quer ser pipoqueiro. Fofo,

Mãe nenhuma merece.

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Mãe e filho se encontram na cozinha. "Mãe, estou pensando em entrar para a política. Vou me filiar a um partido." "Entra pro PCC, filho." O rapaz acha graça. "Mãe, você se confundiu...PCC é sigla de bandido." "Bom, se é para você virar um, prefiro que seja bandido assumido. Estes, pelo menos, são íntegros, fiés aos princípios deles. Quando vão te assaltar, colocam uma arma na tua cabeça e dizem: 'isto é um assalto.' É honesto, concorda? Você nunca vai ver um bandido dando tapinha nas tuas costas, te chamando de 'meu querido' e segurando criancinha no colo antes de levar o teu dinheiro. Quem faz isso, para mim, é dez vezes mais safado." "Mãe, nem todo político é assim." "É verdade...mas uma vez eleitos, não sei o que acontece. Todos passam a aceitar uma negociata daqui, uma mordomiazinha dali, uma passagenzinha aérea acolá. Sabe aquela piada da água de Campinas? Pois eu acho que tem alguma coisa na água das câmaras,

Reflexões para a semana começar bem.

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Uma cidade alemã que baniu o automóvel. O fim da infância. E cabelos brancos: assumir ou não assumir? Três assuntos nada a ver, mas que tem tudo a ver com risoteiras, tricoteiras e curiosos. Cliquem nos links abaixo e vamos começar a semana com muito o que pensar. Comunidade alemã decide ter uma vida sem automóveis e vira referência. (Enviada pela Sílvia Tabarelli, do Silkelita. ) Luta pela infância, por Rosely Sayão. (Enviada pela Hegli, do Educação Ambiental Contemporânea .) Cabelos brancos - matéria do Mais Você discutindo o ato de pintar os cabelos, com a Sílvia Tabarelli (ó ela aqui traveis!), exibindo orgulhosa sua linda cabeleira grisalha. Todo mês, quando me lambuso de henna pra cobrir os grisalhos, penso nela com uma pitada de inveja.

"Respeitem o meu risoto!"

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"Você parou de trabalhar? O que você tem feito?". As fatídicas perguntas voltaram a lhe assombrar enquanto cortava cebola para fazer um risoto. No alto dos seus 40 anos, trazia na bagagem faculdade, mestrado, ex-empregos em empresas boas e outras nem tanto, alguns anos de vida no exterior, uma extensa lista de namorados gregos, troianos e baianos e uma centena de livros, lidos nas madrugadas de insônia. Hoje estava em casa, fazendo o que nunca imaginou fazer: cuidando da casa, do marido, dos filhos e, principalmente, de si própria. Estava feliz. Como nunca esteve. Era uma satisfação diferente. Conhecia muito bem a excitação do mercado de trabalho. Mas agora, apesar de raramente estar desocupada, havia atingido um estado de calma relativa, que ela via como uma grande conquista para quem passou a maior parte da vida correndo atrás sabe-se lá do quê. Muita gente não entendia tal mudança, inclusive ela mesma. Mas no fundo sentia que estava engajada em um projeto verdadeiramente g

Crianças adiantadas na escola - parte 2

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Precisamos ficar atentos. A mudança de 8 para 9 anos escolares está causando certa confusão e muita ansiedade entre os pais. Para entender, precisamos recapitular: Como era: educação infantil (até 5 anos), pré-primário (6 anos) e fundamental (a partir dos 7 anos). Como ficou: o pré-primário virou 1º ano. As crianças agora entram no fundamental com 6 anos. Mudou muita coisa? Não deveria. Supostamente, o conteúdo do novo primeiro ano deveria ser o do pré-primário. Afinal, a nomenclatura mudou, mas o amadurecimento neurológico e emocional das crianças, não. Então, porque tanta confusão? Porque agora, os pais entendem que as crianças que estão no último ano da educação infantil, devem receber o conteúdo do pré-primário. Isto é, eles esperam que a escola inicie o processo de alfabetização e de contagem de números, para que eles não fiquem "atrasados" no fundamental. O problema é que estas crianças estão com apenas 5 anos (muitas vezes 4). Elas são ainda imaturas para tal conteúdo.

Crianças adiantadas na escola - parte 1.

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Sou do tempo em que crianças adiantadas eram sinônimo de crianças inteligentes. Os pais e avós enchiam a boca para falar que o pequeno estava à frente dos amiguinhos da mesma idade. Hoje se sabe que este salto tem seu preço. E quem paga é a própria criança (e os pais por tabela). Para entender melhor precisamos refletir um pouco no papel da escola. A escola não é apenas um local para aprender a ler e a calcular. Na escola a criança aprende a sociabilizar, negociar, dominar e ser dominado, brincar, competir com iguais, ganhar e perder. Aprende que precisa se virar sozinha em algumas situações. Que pode apresentar soluções criativas, investigar, descobrir por si própria o conhecimento. Na escola a criança aprimora a concentração, a organização, o jogo de cintura. Enfim, o aprendizado vai muito, muito além do formal. Quando uma criança é colocada numa classe acima de sua idade, mesmo que poucos meses acima, precisamos sempre nos lembrar de que ela não terá apenas que "acompanhar

Maridos e presentes.

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O primeiro presente foi um desses aparelhos eletrônicos de última geração que fazem o maior sucesso entre os homens e as mulheres mal sabem qual botão que liga. Ela nem se lembra para que servia. Disfarçou o sorriso amarelo, disse que adorou e guardou no criado mudo. Dele. Alguns dias depois resolveu conversar. Explicou que tinha gostado do presente, que achava até fofa a geringonça, mas aquele era, claramente, um presente mais para ele do que para ela. Pediu que no próximo presente, ele se esforçasse para comprar algo pensando nela e não nele. Não precisava ser caro, nem sofisticado, apenas que fosse especialmente escolhido para a mulher que ele ama. O mimo veio depois que ele viajou a trabalho para a Europa. Dentro do embrulho havia uma camiseta do Hard Rock Cafe. Ficaram um mês sem conversar. E a faxineira adorou a lembrança. Achou prudente mudar de tática. Uma semana antes do seu aniversário, disse ao marido o que queria ganhar: "um tênis tipo All Star, bem básico, para eu usa

Vídeo interessante sobre aquecimento global.

Aproveito esta semana, em que todas as mães estão sendo homenageadas na mídia, nas escolas e em casa, para homenagear a maior de todas as mães. Aquela que nos acolhe sempre de braços abertos, nos dá colo, comida e até o ar que respiramos. A mãe que nunca dá bronca, apenas mostra que todo os nossos atos e escolhas têm consequências (e que consequências!). A mãe eterna e única. A mais linda de todas. A Terra. E, como um apelo para cuidarmos melhor dessa nossa mãe querida, publico um comercial que ilustra muito bem as implicações do aquecimento global na vida dos nossos irmãos. Para ser visto por filhos e filhas de todas as idades.

Automóvel, o próximo cigarro - parte 2

Como complemento ao texto sobre a crescente inconveniência dos automóveis , publico um vídeo enviados pela Silvia Schiros sobre cidades que estão sendo planejadas para pedestres e ciclistas e não para os carros. Curiosamente, duas dessas cidades ficam em países desenvolvidos e uma em um país em desenvolvimento, mostrando que tal solução independe do PIB ou do grau de instrução da população. São cidades que concentram esforços para construir ambientes urbanos saudáveis, que promovem a sociabilização, a democracia e a qualidade de vida. Publico também um linque para um texto da Andrea Vialli, publicado nos blogs do Estadão, afirmando que a crescente queda na imagem dos automóveis já está sendo detectada em pesquisas, preocupando a indústria. E que leis restritivas para a publicidade de veículos estão sendo discutidas, como aconteceu com o cigarro. Clique aqui para ler " O carro será o novo cigarro? " Ciclovia para cidades que queremos - Parte 1 Ciclovia para cidades que querem

Automóvel, o próximo cigarro.

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Se, há 20 anos, alguém dissesse que os fumantes acabariam impedidos de fumar em praticamente todos os lugares, inclusive escritórios, aviões e botecos, daríamos risada. Naquela época, ninguém, absolutamente ninguém poderia prever a rejeição que o cigarro sofreria em tão curto espaço de tempo. Com o automóvel acontecerá a mesma coisa. É o cigarro do futuro. A indústria automobilística é poderosa - como a tabagista, as pessoas amam andar de carro - como os fumantes amam dar suas pitadas, mas assim mesmo, um cenário muito parecido com o que promoveu a rejeição ao cigarro está montado. É apenas questão de tempo para que ela aconteça. Vejamos: O carro vicia. Uma vez que se começa a dirigir, dificilmente se volta a andar a pé, de bicicleta ou de transporte público. O carro nos torna sedentários. E todos sabemos os inúmeros males que o sedentarismo acarreta. É um problema de saúde pública. O carro engorda. Estamos vivendo uma epidemia de obesidade. Curiosamente, nunca se dirigiu tanto. Que