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Mostrando postagens de abril, 2007

Grupo de pais

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Aqui em São José dos Campos, estamos organizando um grupo de pais e mães pra discutirmos e trocarmos experiências sobre a árdua tarefa de criar filhos em tempos modernos. Como diz a Rosely Sayão, antigamente, os padrões educativos eram bem estabelecidos e os pais, pra bem ou pra mal, sabiam como agir. Hoje em dia, tudo é questionado, o mundo e as relações humanas mudaram muito. Estamos no meio de uma era de muita confusão. Eu pessoalmente acho que o resultado de tanta ebulição será positivo. Discutir e questionar padrões estabelecidos é sempre benéfico e necessário pra nossa evolução. Mas estar no olho do furacão é complicado e desgastante. Daí a necessidade de fazermos trocas. De apoiarmos uns aos outros. Nosso grupo vai se reunir semanalmente na casa de uma amiga e contará com a mediação de uma psicóloga, especializada nas relações familiares. Iniciaremos lendo "Pais liberados, filhos liberados", um livro muito bom sobre a comunicação entre pais e filhos. De texto leve e c

Alfabetização precoce

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A Ana Paula fez um comentário da maior importância. O que leva tantas escolas a alfabetizarem e “numerarizarem” tão cedo nossas crianças? Já presenciei uma professora dizendo com orgulho que todos os seus alunos de 2 anos terminam o ano sabendo “escrever” o nome! Coloco o verbo entre aspas pois não acredito que uma criatura ainda de fraldas, que mal consegue segurar o lápis, saiba que as formas que copia no papel sejam parte de algo muito maior que é a escrita. Daí vem a explicação chavão “os pais exigem”. Sinceramente, uma escola dizer isso é colocar um atestado de incompetência na porta. Pai e mãe não são educadores. Eles podem ter suas angústias e neuroses (quem não as tem?), mas um educador formado, conhecedor do desenvolvimento infantil e ciente de seu papel na construção do conhecimento, ser conivente com esse comportamento – e até estimulá-lo - é mais do que adaptar-se ao mercado. É irresponsabilidade. Imaginem um pediatra dizendo: “a criança está bem, mas a mãe quer que eu a op

Professor especialista - necessidade ou piroctecnia?

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Hoje levanto uma questão que tem me proporcionado muitas dúvidas e que tem se tornado rotina em muitas escolas de educação infantil. Meu caçula tem 3 anos e…6 professores na pré-escola - duas de sala e 4 especialistas –música, inglês, biblioteca e educação física. O meu outro menino, tem 6 anos e…8 professores – 2 de sala e 6 especialistas – os mesmos do caçula, mais o professor de artes e a de informática. Minha pergunta é: precisa? Quais os ganhos de expormos crianças tão pequenas a uma rotina de troca de professores, antes exclusiva aos alunos mais velhos? Pode-se argumentar que o professor especialista sabe mais da disciplina e, portanto, estaria mais apto pra ministrá-la. Concordo. Mas estaria ele apto para enxergar a plenitude da criança e seu processo individual de aprendizado, como um professor generalista competente e bem treinado? Não acredito. O professor especialista trabalha com muitas turmas e horários pré-determinados. As atividades têm hora para iniciar e acabar, o que,