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Mostrando postagens de março, 2012

Ajude seu filho a escapar da Redoma.

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</body>  "Escape" first appeared in Adbusters #34 (Mar/Apr 2001) by Marc Dejong - Melbourne, Australia. - www.adbusters.org  Ajude seu filho a escapar da Redoma. Imagine que você vive em um país controlado por um Ditador. Onde quer que vá, para onde quer que olhe, Ele está sempre presente. Nos muros, nos autidores, na TV, nas padarias, nos carros, nas camisetas, nos bonés, nas partidas esportivas, nos copos descartáveis e agora até nos uniformes escolares. Não há como escapar de Suas mensagens. Você vai levando sua vida em meio a esse bombardeio sem pensar muito no assunto. Seus filhos também. Mas para eles, o Ditador preparou mensagens mais fáceis de serem entendidas. Tem bichinho, musiquinha, astros e estrelas, joguinhos, personagens famosos etc. Você testemunha seus filhos crescerem achando que o Ditador é muito legal. E quer apenas a alegria e felicidade deles. Acreditam que se fizerem o que Ele sugere, serão lindos, amados, descol

Publicitários censuram pais e mães em campanha contra a proibição da publicidade infantil.

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Publicitários censuram pais e mães em campanha contra a proibição da publicidade infantil. A ABAP, Associação Brasileira de Agências de Publicidade, organizou um movimento para divulgar a idéia de que somos todos responsáveis pelo consumismo infantil (procure "somos todos responsáveis" no Feicebuqui). A idéia central é engajar a sociedade para o conceito de que não se pode proibir a publicidade infantil, porque vivemos numa sociedade democrática e cabe aos pais o controle e a educação das crianças. O movimento convida todos para o debate "corajoso" e afirma: " São bem-vindos todos os que desejam contribuir com sugestões, com ideias e com argumentos contra ou a favor das posições aqui claramente defendidas... Um debate maduro se faz sobretudo com respeito ao que é diferente e com disposição para argumentar em paz." Pois bem. Aceitei o convite e fui lá dar meus pitacos. Demorou pouco, muito pouco, para eu descobrir que havia perdido me

Mulheres que me fizeram. Sônia.

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Mulheres que me fizeram.  Sônia Quando todas eram normalistas, tia Sônia era bailarina. Vestia roupas chamativas, usava muita maquiagem e sabia de cor a coreografia das dançarinas da abertura do Fantástico. Casou-se com um primo, contrariando a parentada que dizia que primo com primo não podia casar. Era um casal descolado. Ela linda, decotada, chamativa. Ele cabeludo, cinto de couro gasto, chinelo preso só no dedão. Namoravam em público, coisa esquisita na época. Íamos todo ano para a praia e enquanto meus pais ficavam na areia distribuindo sanduíches de mortadela e bananas, eles ficavam abraçadinhos, se curtindo dentro d'água. Os parentes tinham lá sua razão. A filhinha deles nasceu com um problema nas pernas que podia ser corrigido, mas a menina teria que ficar engessada dos pezinhos ao quadril por muitos meses. A única abertura era um buraco para sair o xixi e o cocô. O marido trabalhava fora e para cuidar melhor da nenê, tia Sônia veio morar c

Mulheres que me fizeram. Teresa.

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Mulheres que me fizeram. Teresa Depois de enterrar a filha, Teresa senta-se no degrau da varanda com um copo de cerveja e um cigarro. As únicas coisas que consegue ingerir. Quem passa pela rua, dá o boa noite de sempre, sem se dar conta de que aquela era tudo menos uma noite boa. A vizinha se aproxima. Teresa lhe oferece um banquinho. A moça começa a chorar. Era amiga da filha e estava esperando Teresa sair para poder lhe dar um abraço. Teresa a consola. Oferece um copo de cerveja. A conversa toma o rumo das recordações. Algumas engraçadas, como o dia em que a filha, barbeira, trombou com o portão da casa ao lado. A vizinha suspira e me conta que também enterrou seu nenê. Era um menino e até hoje ela não sabe direito porque ele morreu. "Nasceu vivo. Me disseram que foi infecção. Tinha feridas no corpinho todo." Teresa acende outro cigarro. A noite é quente. Vai ser difícil dormir com tantas lembranças. Lembrança da vida dura que levou até poder

Todos unidos pela educação.

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O casamento não ia bem e ela pediu o divórcio. Depois de uma longa e desgastante negociação, ele aceitou se mudar. Mas só sairia quando ficasse pronto o imóvel que eles estavam construindo em outra cidade. Resignada, ela decidiu aguardar. Nesse meio tempo, foi chamada para a reunião de pais da escola da filha mais velha. Segundo ano do fundamental, professora nova, regras novas. "Mãe, agora são aulas de 45 minutos com intervalo de 5 minutos para ir ao banheiro. Pedimos a ajuda de vocês para conscientizá-los a usar o banheiro só no intervalo. Eles terão aulas de ciências, português, matemática, geografia, artes, blá, blá, blá, ética e empreendedorismo. As provas provas são bimestrais e a tarefa diária. Se eles adoecerem, passem aqui para pegar a tarefinha. Temos que ensiná-los a ter disciplina. Ah, a partir de agora cada um tem seu lugar e o recreio diminuiu para 20 minutos. Exasperada a mãe ergue a mão e argumenta: "Mas eles só tem 7 anos! Por que as aulas tem