Filme bom em cartaz.
Ontem segui a dica da Lígia Mostazo, do blog da Lígia e fui ver um filme maravilhoso: À Deriva, do Heitor Dhalia. Adorei. É um filme de uma delicadeza extrema, que me fez refletir sobre coisas que eu guardo nas profundezas e que, de repente, ficaram "à deriva". Algo meio parecido com o que senti quando assisti "Beleza Roubada" do Bertolucci. Só que naquela época não era mãe, portanto, as sensações foram outras.
À Deriva é um filme sobre família, relacionamentos e escolhas. Me impressionou muito o papel da Debora Bloch, linda, verdadeira e de cara poderosamente limpa. É raro ver uma mãe assumindo que nem tudo são flores e que mesmo amando intensamente nossos filhos há momentos em que sucumbimos. E como...
O filme também retrata a descoberta, pelos filhos, de que os pais são absolutamente humanos. Que também erram, amam, têm desejos, ficam perdidos. E que essa descoberta, apesar de dolorida, é benéfica. Bom saber que pais não são totens.
Há muitas outras leituras e universos abordados, como o da adolescência (lindamente personificada na personagem Felipa, a filha mais velha do casal), a descoberta da sexualidade, enfim, é filme pra mais de metro e com uma fotografia que vale a pena ser vista na telona. Fica aqui a dica. Vá logo, porque pelo menos na minha cidade, filme bom fica 1 semana em cartaz (em compensação "Alfie e os Esquilos" permaneceu uns 6 irritantes meses no circuíto).
E feliz naufrágio!
Comentários
Também tô curiosa para assistir este filme, ouvi os mais belos coments a respeito.
Valeu!!
beijos