Mamãe e as galinhas.
Depois do coador de pano, do sabão caseiro e da composteira, minha última "encasquetação" foi comprar galinhas d'angola.
Moro perto de uma mata que vira e mexe nos manda, além de ótimas vibrações, alguns visitantes indesejados, como cobras, aranhas, escorpiões e outros insetos. As galinhas d'angola são excelentes para fazer um controle biológico, além de muito bonitinhas e autônomas. Soltas na área verde, não dão trabalho algum.
O plano era comprar um macho e três fêmeas, mas logo aprendi que, nesse negócio de galinhas, as coisas não seguem muito o plano. A loja só tinha machos e eu não tinha uma gaiola para fazer a adaptação do bichinho.
Ia desistir, mas a criançada chorou tanto, que acabei trazendo um galo que passou a noite num carrinho de feira 5 estrelas.
Dia seguinte, consegui achar as fêmeas em outra loja, mas diante da superlotação no carrinho de feira, soltei a galinhada no quintal para a devida adaptação. Foi uma festa. Galinha d'angola é muito engraçada e a molecada curtiu até. Tanto que chamaram os amigos e eles acabaram dormindo em casa (coloquei-os no quarto e não no carrinho de feira).
Acordei no domingo com a galinhada em festa e os vizinhos querendo me depenar. Corri botar ordem no galinheiro, mas meu cabelo estava de matar de susto - galinhas, crianças e maridos. Na pressa, amarrei um lencinho e desci pro quintal.
Meia horinha depois, tudo em ordem novamente, sento num caixote no jardim, com uma xícara de café e me sinto a própria Angelina Jolie, com a casa cheia de filhos, bichos e meu lencinho descolado na cabeça.
Daí a pouco chega meu caçula, que me olha esquisito e diz: "Mãe, sabia que você tá a cara da Tia Nastácia? Só falta ficar mais escurinha e enrolar o cabelo."
Quase caí do caixote de tanto rir. Nada como um filho pra dar uma aterrada na gente. Arranquei o lencinho da cabeça e, depois de dar jeito nas galinhas, corri dar jeito na juba.
Comentários
As bichinhas foram libertadas do quintal ontem cedo, miraram num cupinzeiro na área verde, bateram as asas e nem me deram tchau. De vez em quando passam pra dizer um "tô fraco". Tia Nastácia já está com saudades...
Bjs!
Agora, se eu der conta vai ter tudo isso novamente (já que ainda moro na mesma casa!) pra minah filha se divertir!
Beijos
Crianças são tão espontâneas... e por isso mesmo é uma alegria conviver com elas!
Beijão!
bjo
Bom demais!
Nada como uma boa história pra amainar um meio de semana histérico...ehehehe
Obrigada!!
E cobra não pega galinha, não?
Elas eram só 3 e pertenciam a um morador. Viviam soltas na mata e se viravam superbem. Duas delas morreram (cachorro pegou) e eu resolvi colaborar, colocando mais 4. Por incrível que pareça, no mesmo dia que comprei as minhas, meu vizinho da frente, comprou outras 4!!! Hoje temos 9 galinhas, que vivem na área verde, dormem na mata e aparecem de vez em quando pra comer milho. Elas ciscam tudo o que aparecem na frente, inclusive, filhotes de cobra.
Cobra pega galinha, sim. Mas até agora as bichinhas não entraram no cardápio.
P.S: achei muito fino seu comentário sobre "sempre abrem o vinho para mim". Acho que a Carina não herdou o lado perua só do maridon, não! hahahahahahahaha
O lance do vinho, na verdade, é porque nunca tomo sozinha, e sempre pouco. Então dificilmente sou eu quem toma a iniciativa de abrir. Hahahaha. Mas é chique ser servida, né?
O lado perua não foi do pai, como pode ser? O que eu digo é que ela não tem exemplo próximo (mãe e avós). Nenhuma das três é perua. ;-)
Mas é uma perua muito fofa, nénão?
beijo!
E viva a juba, tb tenho uma que vive me dando uns bad hair days, mas tudo bem...
Bjoks
Paula
adoro a ingenuidade quase cruel das crianças...
beijo