Tarefas e provas abusivas. Seu filho é vítima?



Tarefas e provas abusivas. Seu filho é vítima?

Martim estuda numa escola que passa uma grande quantidade de tarefa todos os dias. O tempo necessário para resolvê-la é, em média, 3 horas diárias. Se ele se dedicar. Se não se dedicar, a mãe reza o terço, coloca as barbas de molho e cancela tudo que tem pra fazer no restante do dia. Além disso, ele tem que ler (a pulso) um livro de cerca de 100 páginas todo mês. E fazer provas periódicas, com capítulos e mais capítulos para estudar, fora as anotações do caderno e os materiais paradidáticos.

Beatriz faz duas provas semanais. E, semestralmente, um provão com 120 perguntas. Ultimamente deu pra não se dedicar muito e este fato levou a coordenadora a classificá-la como "portadora de uma auto-estima alta demais". Segundo o diagnóstico sui generis da profissional, a garota não liga para o desempenho e como isso não interfere na sua vida social, ela não se dedica como deveria.

Martim tem 10 anos e Bia tem 9. São crianças na mais tenra idade sendo submetidas a um volume de informação e cobrança que poucos adultos aceitariam. E, aparentemente, esse tem sido um fato generalizado em muitas escolas.

Esta semana soube de uma instituição de ensino que faz simulados ao sábado, no mais fiel estilo cursinho pré-vestibular. Para crianças a partir de 7 anos! A mãe justifica: é para eles irem se acostumando. Com o massacre da serra elétrica, só pode ser.

Outra passa cópia rotineiramente para que as crianças se acostumem a escrever bastante! Se funcionasse todos os copiadores de livros dos conventos da Idade Média teriam virado Camões.

Gente, pára! Infância só se tem uma. E passa rápido. É absurdo acharem que um menino ou uma menina terá mais vantagem na vida porque passou a infância sendo forçado a se debruçar sobre livros e cadernos. Muito pelo contrário. Essas crianças dão sinais claros de cansaço e desânimo. Se isso já acontece aos 9 anos, imagine aos 20!

Se você desconfia que o volume de tarefa ou de provas da escola do seu filho está excessivo ou é motivo para ele estar cansado, desatento ou desmotivado, procure a escola. Provavelmente eles vão arrumar mil justificativas e talvez seu filho receba um diagnóstico tão criativo como o que deram para a menina Bia. Não engula. Insista. Tarefa não tem que ser excessiva. Nem chata. E criança não precisa de fazer prova toda semana para ser corretamente avaliada. Simulado então, nem pensar! Eu mesma teria que ser amarrada a uma cadeira pra fazer uma prova com 120 perguntas.

A quantidade de tarefa tem que ser adequada à faixa etária. Respeitando sempre o nível de concentração que na infância ainda não está totalmente desenvolvido. As avaliações idem.

Mais que isso é incompentecência educacional e que me perdoem escolas que arrotam pedagogês e que na verdade torturam crianças (e os pais por tabela) com suas práticas obsoletas de moldar a disciplina via uma enorme quantidade de tarefas.

Criança não é burro de carga.

Publiquei há algum tempo um texto mais poético relacionado a esse tema. Caso se interesse em ler, clique aqui.

Comentários

Cora disse…
Aprender a copiar qualquer um é capaz!
Com certeza você sabe o que ´melhor para a criança, mas existem pais que querme ver a apostila cheia!Isso para eles é sinal de aprendizado!
Quanto a levar 3 horas para a terafa de casa é massante, para não dizer outra coisa!
Ele pode até aprender a teoria das coisas mas vai pulara etapas do cognitivo!

Talvez seja a hora de questionar se a pedagogia que a escola "prega" é a mesma que você quer para seus filhos!!
Boa sorte!
Bianca disse…
Adorei o texto. Eu morava em uma cidade e me mudei para outra. Na mudança me recomendaram uma escola muito conceituada, que parecia o mapa do inferno! A minha filha estudou neste colégio por 6 meses. Foram 6 meses de reclamações. Quando troquei a diretora quis saber por que, é mole? Na hora de escolher a nova escola fui até a diretora, expliquei o que estava acontecendo, como era a escola láaaa da outra cidade, e questionei se a nova escola se enquadrava no que eu procurava. Não me arrependi da troca, no meio do ano. Estamos juntos até hoje!
Bjs
Marina Queiroz disse…
Amei o seu blog e estou te seguindo. Como Pedagoga, concordo com muitas questões que você pontua em relação à apredizagem e escola.
Dá uma passadinha lá no meu, e se gostar, me segue também.
Beijos
Marina
http://retratoquefala.blogspot.com/
Dani Brito disse…
Texto excelente como sempre!
Não engulo esse tipo de pedagogia que se apregoa por aí, nem acho que crianças "tem que se acostumar" a um ritmo pré vestibular aos 7!
Creio que quando a época certa chegar, essas crianças estarão esgotadas.
Tenho um irmão de 11 anos e desde os 9, só faz provas aos sábados. A escola alega, que fazer provas em horário de aula é perda de tempo/aprendizado.

Onde isso vai parar?
Pimenta disse…
Nunca, nunca venha para a China.
Aqui as crianças chinesas vão brincar no playground com dezoito...
Não é mentira não, vá a noite a qualquer play e assista os grandões brincando de pique esconde, andando de bike e brincando.
Coisa que não dava pra fazer com sete...
bjo
MEODEOS! Eu estou abismada com as cosias que li sobre algumas escolas aqui!

Realmente um absurdo! Fico tão pu** com umas coisas dessas que prefiro nem comentar!
Ainda bem que você não vai deixar que isso continue acontecendo com seus filhos!

Beijo!
Querida Thaís,

Você não me conhece, mas nos conhecemos há muito tempo, porque compartilhamos muitos pensamentos.

Estou encantada com o seu blog. Já o adicionei ao meu.

Quanto ao rolo compressor das escolas, comento: entregue o ensino ao particular, para o bem e para o mal, e ele ficará sujeito às leis de mercado.

Se o mercado quer vestibular, vestibular-se-ão; ENEM, enemir-se-ão; a p..q..p.. e pqpse-aõ. Escolas, velhas e tradicionais, novas e dinâmicas, puras e impuras, mas paraticulares, dependem de público. Grana.

E tranformam-se camaleonicamente para atender o público. Um longo e tenebroso tema. Mas, o sistema burro de carga agrada os pais, pois estes creem que isto garante a vaga nas boas universidades.

Lembremos: muitos países tem escolas públicas (de qualidade) como regra, e privadas como excessão.
Neda disse…
Thaís
Depois de ler seu texto nada me pareceu mais adequado para resumir a idéia do que a foto que o ilustra. Se carregarmos demais a carroça, ela não sai do lugar. Com os pequenos, e nem tão pequenos assim, é a mesma coisa. O problema da menina Beatriz é na verdade um problema para a escola, um aluno que aos poucos mostra que é possível fazer diferente e ter um resultado similar, quem tem a auto estima elevada, questiona.
Qual será o limite?
Oi Tais,

Vc precisa assistir a um video que está no youtube feito por um professor ingles criticando o ensino nos dias de hj. Vale super a pena ver. Chama: Changing Education Paradigms. Postei na pagina do NY WITH KIDS do facebook. Imperdível vc tem que assissitir. bjos
Tais Vinha disse…
Olá, os comentários estão tão bons que não sei por onde começar!

Cora, vc está coberta de razão. Já escutei de muitas profas que se os livros/apostilas não estiverem preenchidos até o final do ano, muitos pais reclamam. Eles medem conteúdo através das páginas, quando deveriam estar acompanhando o dia a dia e a evolução da criança. Numa escola, rica de projetos, diversificada e interdisciplinarizada (existe esta palavra?) nem sempre se utiliza tudo do livro didático, pois o ensino vai além dos livros. Tem muita pesquisa, atividade lúdica, conversa, reflexão, trabalhos em sala, registros de experimentos, exploração, elaboração de jornalzinho, teatro, projetos etc. O professor tem que ter autonomia para decidir o que é ou não relevante.

Bianca, adorei o mapa do inferno! Eu tb já mudei um filho de escola no meio do ano e foi a melhor decisão que já tomei. Era uma cooperativa de pais bacana e construtivista que acabou se dissolvendo e foi "assumida" por um novo grupo que resolver adotar o Sistema Ser de Ensino da Abril. Desastre! Acabaram-se os projetos, a atenção individualizadas. Meu menino, acostumado a um processo educacional muito mais rico e estimulante, teve que de uma hora pra outra, começar a decorar apostila. Obviamente o desempenho caiu e a escola botando a culpa no moleque. No meio de ano, mudei-o de escola e hj ele está ótimo, indo superbem, estimulado e aprendendo. Estas decisões são superdifíceis e precisam ser ponderadas. Mas há momentos em que são necessárias.

Bjs!
tais vinha disse…
Dani, o vestibular é uma praga que nos assola. E os pais se preocuparem com ele desde a educação infantil é assustador. O mundo está mudando, os processos de avaliação pra entrar nas faculdades também. Hj em dia, as pessoas têm futuro, mesmo não passando na Fuvest. E os caminhos estão muito mais abertos para os que encaram a vida com alegria e criatividade. Isso sim é que deveria ser a preocupação dos pais e educadores.

Marina, bem vinda! Vou visítá-la e obrigada pelo comentário. Pedagogos ajudam a enriquecer nossa discussão de mães e pais.

Pimenta Chinesa, seus comentários direto da China são sempre enriquecedores! Imagino como aí a realidade é outra. Uma vez me disseram que os chineses prezam a disciplina e a cópia sobre a criação. Se isso é verdade, faz sentido "enquadrar" desde cedo os pequenos. E vc está certa. Criança que não brinca na infância, vai brincar depois de adulto. Bjs!

Mamãe Pinel, vc vai gostar de um texto publicado aqui chamado "aberrações educacionais". É para ficar p... mesmo!
Taís Vinha disse…
Marisa, seu comentário é essencial. Sim, ensino entregue ao mercado, atenderá às leis cruéis do mercado. Se os pais querem massacre, o massacre será feito. São poucos e raros os dirigentes de escola com coragem e audácia para se impor. Mas, curiosamente, os que o fazem, consegue um nicho e acabam se saido bem, obrigado. Esse assunto já foi debatido aqui com 3 textos chamados "escola pública x particular". Sou totalmente partidária ao ensino público. Educação é questão de soberania nacional e jamais poderia pertencer ao mercado. A triste realidade da educação brasileira perpetua o preconceito de classe, pois os diferentes não convivem; a desigualdade e todos saem perdendo. Muito obrigada pelo seu comentário. Bjs!

Oi Neda, pois é achei a foto muito legal também. A sobrecarga da vida moderna tb chega aos pequenos habitantes do planeta. E nós pais permitimos. Sim, um aluno que desafia, recebe "diagnósticos". E a escola segue sem se questionar.

Paula, obrigada pela dica. Vou assistir ainda hoje.

Bjs a todas e muito obrigada pela rica discussão.
Michelle Toti disse…
OiThais. Gosto muito do seu blog, inclusive já repassei alguns textos.
Sou pedagoga, meu marido é professor universitário e temos um filho de seis anos. Desde a gravidez a nossa opção era a escola pública. Queríamos que nosso filho tivesse uma visão real do mundo em que vive, o que, para nós, não acontece na escola privada.
Entretanto, meu horário de trabalho me obrigou a colocá-lo em uma escola particular (nos mudamos para uma cidade em que não conhecíamos ninguém de confiança para ficar com nosso filho enquanto nós estivessemos no trabalho).
Enfim, estou muito decepcionada. Desesperada tentando achar uma alternativa para poder matriculá-lo em uma escola pública.
Trabalho na rede pública municipal e afirmo que a qualidade é maior, as crianças são mais estimuladas e menos pressionadas. São mais crianças.
Tenho pensado muito sobre o assunto e cada vez mais me convenço que a escola pública é a melhor opção para minha família.
Acredito que o dinheiro que eu pagaria de mensalidade(aproximadamente R$ 600 só de mensalidade) podem ser usados em outras coisas que serão muito mais importantes para sua formação integral.
Desculpe-me pelo exagero......
abraço
Anne disse…
Sabe o que me pega? A palavra VANTAGEM! Que nóia é essa de largar na frente, ser preparado antes, saber várias línguas para garantir... o que mesmo? Uma empresa que te massacre no futuro? Continuar competindo com os outros por quem tem mais VANTAGEM??
Horror-Pavor desse tipo de educação, tanto na escola quanto na família!!!
Escola é um instrumento de trasmissão de CULTURA. Educação a gente aprende em casa! Se é valor da família essa maluquice de tirar VANTAGEM em tudo, dificilmente o modelo de educação do pimpolho será diferente. Cabe a nós, pais não-neuróticos, escolhermos e valorizarmos instituições adequadas aos nossos valores.
Bjos, adoro seu blog
Anne
mammisuperduper.blogspot.com
Lua Nova disse…
Sensacional o texto e formidável a imagem. Perfeita! As crianças acabam se sentindo igualzinho ao burrinho: simplesmente impotentes com a sobrecarga abusiva. Um verdadeiro absurdo. 120 questões???
Criança tem que aprender, ir à escola, fazer tarefas, sim, mas também tem que brincar, se espalhar e não viver tensa, preocupada com avaliações.
Excelente post.
Minha cara, gosto muito de seu blog e quero te pedir que passe lá no meu. Tem lá um selinho pra vc. É um carinho e uma homenagem e espero que vc goste.
Beijokas.
Marina Queiroz disse…
OI,
tem sorteio no meu blog.
Passa lá

http://retratoquefala.blogspot.com/2010/10/1-sorteio-do-retrato-falante.html

Marina Queiroz
Andrea disse…
Oi, Taís,

Pois é... também acho isso tudo um absurdo, mas vejo que muitos pais acham isso correto e cobram isso das escolas.

Mas sabe, nem sei se adianta muito conversar com a escola quando a gente vê um sistema com o qual não concordamos. Porque as respostas são sempre as mesmas, e vejo que não somos ouvidas nas nossas arguições. Mas claro, não devemos desistir nunca e questionar e argumentar sempre!

Só que nos fim das contas acho que não conseguiremos fugir da decisão que vc mesma tomou com seu pequeno: trocar o filho de escola, buscando uma que tenha uma filosofia de ensino mais parecida com o que desejamos e entendemos como o mais adequado para nossos filhos.

É isso.

Beijão!
Oi!

Sabe que eu fico me perguntando... as crianças passam duma educação infantil pro que é chamado de ensino fundamental sem um processo de transição e entra goela abaixo a primeria série, cheia de tarefas, cobranças, leituras... E há pais que ficam em cima das professoras pra que a exigência seja maior!

Hoje minha filha, além da titular, tem profe de inglês, música (muito bacana, aprender ritmos diversos e as regiões de origem, instrumentos são criados pelos alunos etc.), educação física, informática (basicamente joguinhos que se relacionem com o conteúdo de aula), brinquedoteca... SIM, porque além de aprender a se defender em língua estrangeira, a escola optou por oferecer tempo pra brincar!

A cada novo resultado do ENEM começa o burburinho dos pais incomodados com como será o vestibular das crianças.

Eu gosto de saber que minha filha tem como parte do currículo, filosofia. Em uma linguagem que ela entende, sobre temas que interessam ao momento que ela vive. E ela questiona bastante algumas práticas da escola, tem liberdade pra opinar, tem dias em que diz pra profe: - Acho que vocês estão exagerando!

Mas uma coisa é o plano da escola e outro o que alguns professores conseguem desenvolver APESAR das pressões da instituição e das famílias.

Sou professora também e trabalhei na rede pública e em universidades particulares em SP... uma coisa que sempre me incomodou foi o comodismo, ou falta de profundidade de análise, a mera preocupação de obter o diploma e não de crescer como indivíduo e profissional. Tanto de professores quanto de alunos.

Uma educação de qualidade passa por muito do que li nos outros comentários, mas principalmente pela participação da família e pelas escolhas que fazemos enquanto nossos pequenos dependem de nós.

Fico feliz que esses debates nos blogs fervilhem porque mostram que não nos rendemos ao mercado, assim, no mais, sem resistir.

beijo!
Ingrid
Esqueci de dizer: a Larissa tem 6 anos e está na primeira série.
Nine disse…
Sempre muito sensatos os seus textos! Confesso que no começo, nas primeiras linhas, estava meio assim, contra, mas depois fui lendo sua argumentação e me rendi. Você tem toda razão: infância só tem uma!

Beijos!
Nine
Ana Cláudia disse…
Taís,

uma mãe mudou os filhos da escola onde meus filhos estão dizendo que para a outra escola , os dela chegaram "atrasados". Na tal escola, eles agora fazem período integral com necessidade de aulas auxiliares para acompanhar o ritmo da nova escola que no primário já leciona 3 idiomas e tem o tal vestibulinho no 6o. ano.
Quando perguntei se as crianças estavam atrasadas pelas diretrizes do MEC ou pela diretriz da escola, ela não soube dizer.

O mundo está surtando. Ainda não consegui saber se o sistema surta os pais ou se os pais surtam o sistema.
Luza disse…
Oi...
Achei o texto muito interessante e concordo com a maioria dos comentários, mas não estou aqui para engrossar, estou aqui para falar do outro lado.
A discussão que vocês estão tendo é muito boa, mas parece que todas ou tiveram uma educação diferenciada ou são professoras.
Minha mãe não era nem uma coisa e nem outra, nunca sentou comigo para fazer um dever de casa [e realmente nunca precisou]. Até ai tudo bem. Eu estudei numa escola fraca demais, enquanto meus amigos tinham várias tarefas de casa eu não tinha quase nenhuma.
Quando eu cheguei no ensino médio e troquei de escola eu não tinha aprendido as matérias que os outros tinham aprendido, faltavam no meu curriculo umas 5 matérias.
Minha escola me prejudicou muito e no sentido contrário! E era uma escola particular.
No final das contas meus amigos passaram em faculdades federais e eu não. Dei o meu melhor e não obtive o esperado pq acho que o problema não estava no meu ensino médio, sinceramente, estava lá atrás quando não houve uma educação equilibrada, boa e que me permitisse ter as mesmas matérias.
A escola é do jeito que é hoje pq a esmagadora maioria dos pais ou não sabe ou não está preocupada. Não culpo minha mãe, pq educação ela me deu e muita, mas não sabia o que exigir da escola.
Nunca repeti de ano nem nada, mas ralei triplicado para chegar onde estou hoje... Eu queria ter ido para uma escola diferente! :)
Thais,
adoro o seu blog e me identifico muito com sua forma de pensar.

Estudei quase a vida toda numa escola mais que tradicional, uma das mais disputadas no RJ e digo aos 4 ventos que foi um grande atraso na minha vida. Por sorte tive pais que tentaram suprir o que a escola não oferecia.

Os pais hoje pensam só em vestibulinho/vestibular, esquecendo da importância do brincar, do lado emocional.

Escrevi um depoimento no blog da escola do meu filho (ele tem apenas 3 anos) dando um depoimento do que vivenciei e pq não escolhi uma escola tradicional para ele. Se tiver chance leia

http://crecheladybug.blogspot.com/2010/06/por-que-nao-uma-escola-tradicional.html

Um grande abraço
Tais Vinha disse…
Ana, fico fula com estas escolas que exigem mais que devem e depois dão "reforço" pra crianças que estão no tempo certo. Acho uma tortura para pais, filhos e os pobres dos brinquedos que ficam abandonados num canto, esquecidos porque a infância vira um eterno correr atrás. Surto!

Advogada, Vc tem toda razão. O outro lado tb é péssimo. Uma escola fraca é desestimulante e perda de tempo. E tem muitas, na rede pública e particular. Cansei de visitar escolas particulares qued deveriam ser interditadas por leseira educacional. E os pais pagam achando que estão proporcionando algo melhor. Ilusão. Os pais precisam ficar muito atentos com a evolução do filho. Se o negócio não está avançando, a criança está desmotivada, ou desatenta demais, são sinais de alerta. Obrigada por seu importante comentário.

Oi Anamaria, muito legal o texto no seu blog. Obrigada por compartilhá-lo conosco. Sabe que tenho uma amiga que estudou a vida toda em um colégio da elite paulistana, caríssimo e as piores lembranças que ela tem da infância são dos anos que passou lá. Dá pra imaginar uma criança odiar a escola e ter que ir todos os dias. E essa é tida como uma dessas escolas "fortes". Tem muito mais na educação que matéria e prova!

Bjs a todas e obrigada pelos comentários.
Ana Júlia disse…
Tenho travado uma verdadeira batalha com a escola de minha filha, por causa do excesso de dever de casa. Quatro páginas de problemas matemáticos num dia só, é over para qualquer criança de 6 anos!
Tu acreditas que minha filha fica a manhã toda, só a fazer os deveres?
Não pode mais descer pra brincar na quadra, não pode mais brincar de boneca, e nem ler seu livros favoritos ela pode.
Ela está com RAIVA de dever-de-casa. Se fosse só uma página, ou duas de tarefa, tenho certeza de que ela iria gostar.
Já falei à professora da relação entre movimento e inteligência. Citei Wallon, Piaget, Aucouturier, Doman. Mostrei-lhe estudos recentes. Mas tudo isso com humildade, sem ares de dona do saber.
Tudo em vão.
Teve um dia, que veio tanta tarefa, que eu me revoltei, desci com minha filha pra quadra, e fomos jogar bola, brincar de pic-gelo, e dar um pulinho à livraria. Ignorei a tarefa. Queria que minha filha brincasse, poxa!