Vamos falar sobre o brincar.
Pais, mães, tias, educadores e palpiteiros de plantão: tem um debate muito divertido rolando na web. E que renderá prêmios aos participantes. O Desabafo de Mãe e o Mulheres na Rede estão promovendo uma discussão sobre o brincar.
Para participar, é só entrar em um dos 7 blogs participantes (e que estão listados nos dois endereços acima) e fazer um comentário até 11 de dezembro. Os prêmios são muito legais e a discussão melhor ainda. Eu participei de uma prévia e ganhei 2 ingressos para o Circo Vox em São Paulo. O espetáculo foi maravilhoso e nossa família se divertiu muito com esta deliciosa brincadeira.
Falar sobre o brincar pode parecer estranho. As pessoas consideram tudo que envolve criança como brincadeira e não pensam muito nisso. Quantas pessoas escolhem a escola assim: "ah, nessa idade, qualquer escolinha serve. Eles só vão lá para brincar mesmo." Pois é, esse critério serviria muito bem, se realmente a brincadeira fosse levada a sério pelas "escolinhas". Mas, muitas subestimam este fundamental fator de desenvolvimento infantil. Para serem competitivas, enchem a rotina das crianças de atividades e os pequenos acabam, desde a mais tenra idade, tendo que lidar com uma agenda cheia. E cadê o tempo para brincar? Para peneirar areia, para observar uma tartaruga, para fantasiar-se de princesa, para correr pela grama, para amassar lama? Fiz, há um tempo atrás, um texto sobre a difícil agenda escolar. Se tiver interesse em lê-lo, clique aqui.
A quantidade das atividades na infância está se tornando um sério problema. Os pais, querendo proporcionar a melhor formação aos filhos e preencher um tempo grande na companhia de babás, acabam por matricular as crianças nos mais variados cursos. As crianças acabam com a agenda tão lotada, que mal têm tempo de estudar. Eu mesma já fiz isso. E a intenção sempre é das melhores. Mas a rotina e o leva-e-trás acabam se tornando tão estressantes que o saldo é negativo. Para resolver este problema, resolvi concentrar as atividades extra-escolares (natação e futebol) em 2 dias: terça e quinta. Assim os meninos ficam com todos os outros dias inteiramente livres para brincar. Não é o ideal. Mas foi a melhor solução e a que trouxe mais tempo livre para eles e menos estresse para a mãetorista.
O melhor mesmo, seria nós pais repensarmos esta pressão por colocar nossos filhos em atividades extra-escolares. Por exemplo, sei de uma criança que tem um superquintal com piscina, a qual nunca usa, pois tem atividades todos os dias. Detalhe, as inúmeras atividades que freqüenta, foi porque ela mesma pediu. Claro que pediu! Criança pede tudo. O bom senso de matricular ou não, é dos pais.
Vi também um episódio da Supernanny inglesa (Jojo) nos EUA que me despertou um alerta. A família do episódio tinha filhos frequentando até 8 atividades extra-escolares na semana! A mãe vivia em surto e os filhos idem. A primeira atitude da Jojo foi cortar atividades. E com a reorganização da rotina, aceita com enorme relutância pela mãe, a vida da família mudou. Menos correria, menos estresse, menos brigas, mais tempo para eles brincarem em família. A Jojo definiu este frenesi por atividades como algo muito americano. E lá vamos nós importando tudo quanto é comportamento estranho que vem de cima.
Bom, o debate está lançado. E toda contribuição é bem vinda. Participem!
Comentários
Gosto de ler para elas ou ver um filme junto. Jogar jogos de tabuleiro e cartas também. Mas quando elas resolvem me chamar pra brincar de casinha, por exemplo, não tenho a menor paciência.
Ajudo elas a se arrumarem pra brincar de princesa, mas não brinco junto.
Não tenho saco! :-( Você tem?
Nem acho legal. Mistura a faixa etária.
Palmas pra você!
Bjs