Filhos, o retorno.




De todas as tarefas árduas da vida, incluindo lidar com pedreiro, discutir a relação e planejar o próximo corte de cabelo, a mais difícil, disparada na liderança do campeonato, é educar uma criança.

Antigamente as regras eram mais claras e acredito que tudo era mais fácil. Não podia desobedecer o adulto, tinha que respeitar os mais velhos e aprontou, apanhou. O modelo funcionava? Tem gente que diz que sim e que os métodos modernos de educação são pura frescura estraga criança. Eu assumo que, mais fácil, era. Esse negócio de diálogo e negociações às vezes cansa demais. E nem sempre funciona tão de imediato como uma bela porrada no meio da testa. Mas o fato de ser mais fácil de aplicar, não quer dizer que o método da vovó funcionasse tão bem assim. Quem prega uma volta aos velhos tempos, ignora a legião de adultos absolutamente malucos, desajustados e desestruturados que habita o planeta e circula como gente “normal”. Não precisamos ir longe. Basta olhar de perto a nossa própria família para ver a quantidade de adultos doidos que nos rodeia (incluo aqui os autores de blog). São tios, tias, primos e avós queridos, adoráveis, divertidos, mas se olharmos no detalhe, loucos de pedra.

Então, a gente busca outro formato, tentando errar um grão de areia a menos (mais do que isso, acho pura ilusão). Buscando estruturar melhor nossos filhos, humilhá-los menos, valorizá-los, fortalecê-los etc. etc. etc. Mas que é difícil, é. Hoje acordei ainda sob os efeitos do vendaval educacional que varreu minha casa ontem. Prometi ao meu filho não contar a ninguém o que houve. Mas foi caso pra uma bela surra ou um castigo daqueles. Optamos por resolver de outra forma. Ele terá que corrigir o que fez de errado. E isso levará muito tempo. Haja paciência! Paciência de ter que esperar e de ter que aguentar a choradeira de quem está sofrendo por ter que abrir mão de seus próprios planos pra ter que ressarcir a pessoa a quem lesou.

Dá pena. Mas seguimos semi-firmes na opção educacional que fizemos. Só o tempo dirá se fizemos a escolha certa. Se eu tivesse que dar um conselho a alguém hoje, eu diria “Use camisinha!”

Comentários

Anônimo disse…
Tatá,
Continuo evitando filhos...com certeza! E também se os tivesse a minha opção educacional seria a da velha e boa "porrada na testa"...
Mas tenho sobrinhos e me importo com eles...
POR FAVOR ME CONTA LOGO O MILAGRE E O SANTO! QUERO SABER QUE BABADO FOI ESSE!
Beijos da tia ausente
Paula