Como nossos pais.


Como nossos pais.

"Se apanhar na rua, apanha em casa."

"Bateu, levou."

"Se xingar a mãe, leva na cara."

"Não tem mais jeito, to ensinando meu filho a bater."

"Não se meta em confusão."

"Não seja dedo-duro."

"Empresta pra ele, seu egoísta."

"Diga-me com quem andas que te direi quem és."

"Desaforo não se leva pra casa."

"Antes um covarde vivo que um corajoso morto."

"Bata no amigo que te ofende. Mas não reaja ao bandido."

"Não se meta."

"Deixa pra lá."

"Fica quieto."

"Obedeça!"


Robert Selman, da Universidade de Harvard, foi o palestrante que abriu o II Congresso de Pesquisas em Psicologia e Educação Moral, que aconteceu na Unicamp, em julho.

Sua palestra abordou os conflitos nas escolas (tema do congresso), sob o ponto de vista de quem está envolvido e também da perspectiva das testemunhas (platéia). Para ele, o comportamento nestas situações é aprendido. Na família, na comunidade, na escola, na mídia que retrata e amplifica tudo isso. Cita, por exemplo, que há culturas muito submissas, como a chinesa, onde desde muito pequenas as crianças são ensinadas a se calarem diante daquilo que consideram errado. E a não se envolverem.

A cultura latina também é submissa - palavra usada para descrever a ausência de reação. Por exemplo, um jovem que se cala diante de um mal feito do grupo, mesmo sabendo que aquilo é errado, está tendo um comportamento submisso. Mesmo que ele venha a se arrepender mais tarde, naquele momento, ser aceito pelo grupo, é mais importante que ser aceito por si próprio.

A submissão é ruim, pois ela permite que as coisas extrapolem os limites. Permite, não é a causa.

Na escola, permite o bullying, a exclusão, as agressões, os abusos (por parte de alunos e educadores), as brincadeiras maldosas, a falta de respeito. No emprego permite todo tipo de abuso e exploração. No casamento é um desastre completo. No meio ambiente é a destruição. Na política é o Brasil.

Nos estudos que ele conduz nos EUA, Selman aponta que escolas onde os alunos tem mais espaço para opinar, onde os educadores estabelecem com os alunos uma relação de confiança e respeito mútuo e onde há menos autoritarismo, a submissão é menor. Essas escolas tendem a ter relações menos conflituosas. Não que os conflitos parem de acontecer, o que muda é a forma com que se lida com eles. E a forma que se age quando se testemunha a injustiça.

Selman conclui com a cereja do bolo. Se o comportamento nos conflitos é aprendido, dificilmente as coisas mudarão em uma sociedade se as crianças e jovens não forem expostos a uma outra forma de resolução de conflito. É óbvio que não se pode esperar isso das famílias, pois a família só perpetua o aprendizado que é transmitido pelas gerações. O local ideal para que eles conheçam que há outra maneira de agir é na escola. Onde educadores treinados podem intervir de forma não passional, para mostrar a eles que existem soluções não violentas para o conflito. É também o local para se trabalhar a submissão ou a passividade das testemunhas.

A idéia é que, uma vez expostos a uma nova forma de agir, eles possam, quando adultos, multiplicar em suas famílias e comunidades uma nova atitude diante dos conflitos.

Portanto, precisamos mudar o velho discurso que os pais precisam educar os filhos. Isso eles já o fazem. Da forma como aprenderam. Se essa forma não é mais eficiente para o mundo que vivemos, a escola pode ser nossa parceira na transformação das coisas.

Selman deu mais um motivo pelo qual precisamos nos unir.





Comentários

OK, mas escola e pais precisam caminhar juntos. Se em casa falamos uma coisa e na escola outra, dá certo? E, no fim das contas, existe mesmo maneira certa de lidar com conflitos? Ou depende do tipo de conflito, da personalidade da criança, da situação? E quando a criança inventa o conflito?

Nossa, um grupo de apoio para lidar com essas questões seria interessantíssimo.
Fabi Alvim disse…
hum... fiquei numa confusão de ideias aqui, confesso.

A gente educa bastante da forma que aprendemos, mas a gente coloca muita personallidade nessa educação também. Se assim não fosse não teriamos tanta modinha para criar os filhos nas prateleiras de auto-ajuda. Todos pensariam de uma mesma maneira e agiriam igualmente. Partindo dos exemplos no topo do post, é certo que o tema já sofreu muitas variações... muito do passado não se encaixa no presente.

Agora, acho perigoso colocar tanta responsabilidade nas mãos da escola. Como dito ao final, escola deve ser parceira... mas o que tem sido visto são pais indisponíveis que por pagar caro (e ter tantas outras coisas pra fazer) confiam na escola uma pá de coisas que deveriam vir do berço.
Priscila Blazko disse…
Tais, eu também acho que escola e família devem falar a mesma língua.
E eu não estou tão certa quanto você de achar que os pais educam seus filhos como podem. A maioria terceirizou completamente a educação...
Agora, concordo muito com a sua afirmação de que a escola é parceira na transformação das coisas. E "ser parceira" significa caminhar junto da família na busca de um objetivo comum, certo? Dessa forma, acredito que os pais precisam urgentemente retomar as rédeas na educação dos filhos.

Abraço!
Tais Vinha disse…
Oi meninas,

O Selman trata de padrões coletivos de comportamento. Padrões que se repetem geração após geração nas sociedades. E ele, de forma alguma, propõe que a escola eduque os nossos filhos. Ele propõe que a escola EXPONHA aos alunos a uma outra maneira de resolver conflitos. Uma maneira diferente daquela que é aprendida em casa, nas comunidades e até na mídia. Uma vez expostos a isso, a assimilação pode ocorrer (SEM A EXPOSIÇÃO, ELA NUNCA OCORRERÁ).

Nós, pais, temos dificuldade em ensinar novos formatos em casa, pois - coletivamente - repetimos padrões aprendidos (óbvio que cada casa é um caso, mas ele fala de padrões sociais). O educador, como é formado e tem treinamento, está mais apto a desenvolver este trabalho.

Nenhuma responsabilidade é colocada na escola além daquela que ela já tem: a de educar para a vida em sociedade.

E discordo que as frases que abrem o texto estejam em desuso hoje. As palavras podem até estar. Mas o comportamento, não. Tá cheio de adulto engolindo sapo na frente dos filhos, se omitindo, falando mal sem se manifestar, deixando para lá, mandando bater, dando piti, mandando obedecer, criticando... estão errados ou repetindo o que aprenderam? São comportamentos muito difíceis de serem mudados e fazem parte de nossa cultura. As crianças aprendem muito mais com nossas atitudes que com nosso discurso.

Expor as crianças a algo novo só faria bem. Daí a parceria proposta.
Anônimo disse…
Acho que seria o ideal que escolas e família andassem lado a lado. Mas não sei se podemos generalizar. Na época em que meus filhos estavam na escola, vivi terríveis problemas econômicos e eles tiveram que estudar em escola pública e posso dar meu testemunho de que a capacidade de "educar" ou mesmo "expor" um novo modo de resolver conflitos nessas escolas fica muito distante do ideal. Fui chamada à escola para ajudá-los a conter os alunas da classe da minha fílha e como a alternativa era dissolver a classe, me propus (e algumas outras mães) a assistir aulas jundo com eles pois eles não viam como resolver. Perceba que se os próprios professoras não conseguem lidar com os conflitos entre os alunos e entre os alunos e a escola, fica muito difícil esperar algo dessa relação. Enfim, o que quero dizer é que o problema da Educação nesse país é gravíssimo fora das capitais. Infelizmente esse tipo de debate na realidade a que me refiro, é uma utopia. Coisas muito mais corriqueiras relativas ao ensino em si ainda não têm solução. As crianças saem sem saber escrever, sem saber conjugar verbos, sem ter noção de pronomes, coisas básicas e indispensáveis para a compreensão da própria lingua. Os professores agridem verbal e fisicamente aos alunos e são agredidos da mesma forma por eles.
Desculpem, mas minha visão da educação nesse país é, no mínimo, pessimista.
Beijokas.
Tais Vinha disse…
Concordo com você, Lua Nova. Estamos longe, muito longe da proposta do Selman. Infelizmente. O que é difícil compreender, é que muitos dos problemas de aprendizado que vc relata estão relacionados com a resolução de conflitos. Hoje estima-se que o professor de escola pública perde cerca de 20 minutos "contendo" a indisciplina da classe. Imagine o tempo perdido numa aula de 50 minutos! Aliado a isso, temos uma das piores formações de professor do mundo. Nossas faculdades deixam imensamente a desejar. Conheci uma professora que está neste momento estudando resolução de conflito, num grupo da Unicamp. Ela afirma: "eu nunca aprendi a resolver conflito. Mas resolvi aprender mais sobre isso, pois descobri que sem esta ferramenta, não consigo mais dar aula." Portanto, é errado pressupor que a educação brasileira tem necessidades mais urgentes. Elas são inter relacionadas. E tudo passa por revermos a formação de professor.
Hegli disse…
Olha que curioso... sábado houve reunião de pais na escola do Lucas e eu bati muito nessa tecla da integração entre os alunos que vem afetando demais o aprendizado em sala de aula. É um tal de X não falar com Y e desse X estar no grupo N e não permitir os do grupo K sentar na mesa do lanche na hora do recreio a não ser que seja aprovado por votação de quem está nessa mesa. Na hora dos trabalhos em grupo é o mesmo conflito, mesmo a professora (foi o que ela expos em reunião) conduzindo de modo a unir a turma, os conflitos e se tornam insustentáveis.

Isso não ocorre com meu filho, essa exclusão não acontece com ele por que parece que ele vive num “mundo paralelo”, é um cuca fresca assumido que não está nem aí para essas “frescuras” (como ele mesmo diz), mas que na hora do almoço depois que chega do colegio vai relatando despretensiosamente tudo o que aconteceu na escola que nem consegue mastigar direito.

Ele sempre foi assim, falador e cuca fresca, nunca quer se meter em desavenças, tem uma relação amistosa com todos. Porém, percebo que esses incidentes relatados tem o afetado muito mais ultimamente. Nesse mês ele abandonou as aulas de badminton no contra turno escolar depois que o professor novo de esportes gritou e humilhou um colega em frente a toda turma. Ele me ligou pedindo para buscá-lo e em casa quando me contou o ocorrido chorou, o que não costuma acontecer. Conversei na escola sobre o ocorrido e pedi um retorno.

Observei que mesmo as crianças que não estão envolvidas diretamente nos conflitos acabam sentindo o peso do silencio em que tem que se manter, imagine então as crianças que passam por esses constrangimentos.

Adorei sua abordagem, vou enviar o texto impresso (com os devidos créditos autorais) para a escola se posicionar em relação a esse “padrão de comportamento” baseado no preconceito e exclusão, e que se tomem as devidas providências para se trabalhar a submissão e/ou a passividade.

Me alonguei demais... mas nem preciso falar que adorei o post né?!

Bjus

Hegli
Hegli disse…
Ah, e estou falando de crianças que estão no quarto ano heim...
Menina, sabe que fiquei pensando numa questão: esse "obedeça".

Porque eu acho que conversar é importante, ser democrática é essencial, ouvir as crianças muitas vezes é revelador, mas tem hora que tem que obedecer e ponto. Não?

Eu não falo a maioria das frases de abertura desse post, mas tem outras que eu faço questão de falar. kkkkk

Hegli, pra variar, trouxe mais considerações ótimas.
Hegli disse…
Em casa tb falo um monte destas frases que abrem o texto, rs, ás vezes com outras palavras ou em outros contextos, mas no fundo passo a mesma mensagem.

Eu posso até listá-las:
"Não se meta."
"Fica quieto."
"Obedeça!"
"Não se meta em confusão."
"Não seja dedo-duro."
"Antes um covarde vivo que um corajoso morto."(essa última é para que ele chegue a vida adulta ao menos com os dentes da frente na boca, pq não tem a menor noção dos riscos que corre quando está brincando de bicicleta, por exemplo, ou quando é desafiado pelo amigos a pular vários degraus de uma escada... rs ele acha que é imortal).

Será que vou criar uma criança traumatizada, kkk? Que medo!

Bjus
Tais Vinha disse…
Hegli, vc conseguiu ilustrar muito bem o ponto a mensagem do Selman. É nessas "pequenas" coisas, que rolam na escola, que se pode dar noções aos pequenos de uma outra forma de resolver os conflitos. É no dividir de uma bola, na reação a uma atitude injusta de um professor, na exclusão da hora do lanche etc. Obrigada!
Tais Vinha disse…
As frases do início são apenas alegorias. Não importa se as dizemos ou não. Importa mais o que fazemos e como agimos. Coloquei-as apenas para ilustrar e no final acho que confundiram mais do que ajudaram. Talvez até as delete...

Filhos aprendem mais com nossas atitudes do que com nossos sermões. Já ouvi milhares de vezes que as meninas tendem a repetir o relacionamento amoroso da mãe, que os meninos tratam as esposas como trataram as mães, que o excesso de crítica cria adultos críticos e de baixa auto estima, enfim...só para pontuar que nossa mensagem corporal e "atitudinal" molda a personalidade deles tanto quanto ou até mais que nossos discursos.

Eu fico besta quando vejo um filho meu me imitando igualzinho! O pior é que eles imitam melhor ainda o que mais incomoda em mim...rs!!!!!

Bjs! E obrigada por tantos pensativos legais.
Hegli disse…
Não tira não Taís... é bom para refletir...

Eu diminuí muito a frequência com que falo "não se meta" e "fica quieto" pq eu estava criando um filho submisso e ansioso.
Agora explico a ele até onde pode ir, mas quando ele se "empolga" não tem como não dar uma ordem.

O lance do trauma foi uma bricadeira, rs!

Bjus
Tais Vinha disse…
Sil, a questão da obediência é assunto para vários textos. Aliás, dá blogagem coletiva, rs! A obediência pressupõe, na minha opinião, submissão. Se queremos criar filhos que pensam por si próprios, obrigá-los a obedecer é conflitante. Mas vira e mexe eu tb faço isso porque ô coisa difícil que é educar. Li num livro da Dra. Penelope Leach um exemplo muito interessante sobre isso: crianças foram sequestradas na porta da escola por um homem que as abordou e disse que os pais delas pediu para ele as buscar. O caso graças a Deus foi descoberto antes que algo grave acontecesse porque uma das crianças não aceitou e correu buscar ajuda. Mais tarde, a polícia conversou com as crianças e todas que entraram no carro disseram que obedeceram ao homem porque ele era um adulto. A que fugiu disse que os pais sempre a ensinaram a pensar antes de tomar uma atitude e ela pensou que não conhecia aquele homem e que os pais nunca mandariam um desconhecido buscá-la.

Esse é o x da questão. Vejo como é comum os pais deixarem os filhos na minha casa para brincar e dizerem na despedida: "Obedece a tia". E se eu der uma ordem descabia, é para me obedecer? É comum tb que mandarmos os filhos obedecerem a professora, os tios, os avós. E assim vamos criando filhos obedientes.
Confundimos o pensar por si próprio com rebeldia e desobediência. Não é isso.

Tenho me policiado para dizer "respeite" ao invés de obedeça. Respeite as regras da casa que vc vai visitar, respeite o professor e seus colegas, respeite seu avô. Respeite, mas pense por si próprio e seja responsável por suas decisões.


P.S: Mas confesso que muitas vezes é difícil conter o Fidel Castro que mora em mim. Rs!!!!!!!!!!

Bjs!
Olha, mas o nosso "obedeça" é justamente no sentido de respeitar. Acho que eles não chegam a fazer uma análise profunda desse obedeça, eles entendem o conceito - afinal a palavra vai ter o sentido que a gente passa pra eles. kkkk E, sério, acho que eles entendem que é pra seguir as regras da casa, oras. Tem que ouvir o adulto responsável: se ele disser que, na casa dele, é assim ou assado, a criança tem que estar pronta pra acatar. E pode não gostar daquelas regras, mas aí fala pros pais e não volta na casa daquele amiguinho, oras! Taí o "obedeça", mas também o "pense por si próprio".

Quanto a estranhos, eu sempre falo que não é pra dar trela. Quando a criançada sai sozinha, eu oriento a sair em grupo e reagir, sim (grita, chama o pai/mãe mais próximo, não entra em carro/casa de gente desconhecida e avisa aos pais onde está). Nesse mundo de hoje, a gente tem que dar uma liberdade controlada, ao menos até eles terem bastante discernimento e condições de reagir adequadamente a situações de risco.
oi tais,

sabe, eu acho que todos nós acabamos ensinando as crianças muito mais o respeitar do que o impor respeito e só impõe respeito aquele que se respeita de verade, ou seja ensinamos nossas crianças a respeitar o outro e esquecemos de ensiná-las a se respeitarem antes de mais nada, e aí o que acontece é que respeito vira obediência e desrespeito, crueldade e violência.
Ana Júlia disse…
Olá, Taís

Sou fã dos seus textos.

Bem, quanto ao fato de a escola ser o local ideal para se conhecer outra maneira de agir, isso dependerá muito da escola. E muito da família de cada um. Em muitos casos, o "diferente" da escola é um padrão moral inferior ao da família.
Aparentemente, o palestrante, considerou uma escola ideal (idealizada, melhor dizendo). Afinal, é bom lembrar que na escola não aprendemos somente dos professores, aprendemos - e muito - dos colegas também,que, por sua vez trarão de casa padrões comportamentais diversos, alguns duvidosos, psicopáticos até.

Soma-se a isso outro agravante : a escola há muito perdeu as rédeas da situação. Também ela é submissa.
Submissa a quem? Justamente àqueles que tiranizam, que barbarizam. A escola falha, via de regra, em proteger as vítimas. Então, se não consegue dar o exemplo, como conseguirá apontar a outros o caminho da não-submissão?

No meu caso, se meus filhos aprenderam um caminho "diferente" do que a mídia apregoa, foi graças ao meu trabalho incansável, não à escola.

As virtudes, como você mencionou numa postagem anterior, vêm de berço.

Beijos, beijos e fique com Deus
Ana disse…
Gostei muito do texto e dos comments, e fiquei a refletir. Acho que claro, baseamos nossas ações em velhos padrões e é sempre bom quebra de paradigmas. Os conflitos acho que servem pra isso, revermos novas maneiras de solução.
Também fico pensando na tremenda distância que isso tudo tem de nossa realidade.
Nossa abismal desigualdade social faz com que a submissão se perpetue. Se até uma juíza é assassinada por tentar cumprir a função dela, fica difícil estabeler parâmetros pra isso. Claro que vamos pensar aqui em diluir isso pras novas gerações, mas ao mesmo tempo acredito que cada geração encontra solução pros novos conflitos apresentados. Acho que a quebra de paradigma pode acontecer em casa, na escola, na casa do amigo. Acho que o que podemos ser é sinceros conosco e com os filhos: não somos donos da verdade e não existe quem seja, não sabemos agir em várias situações, mas vamos pensar juntos?
Sei lá, mil coisas!!!
Beijo!!
Tais Vinha disse…
Meninas, obrigada pelos últimos comentários que complementam nossa discussão. Andei afastada por conta de uma doença grave na minha família e não consegui respondê-los. Em especial, quero comentar o da Adriana, sobre ensinarmos as crianças a terem respeito por si próprias. Acho que nessa frase ela resumiu tudo. Respeito pode ser obediência se, antes de mais nada, não passar pelo crivo do respeito por nós mesmos. Este é o freio que nos poupa de muito sofrimento, no trabalho, nos relacionamentos e na vida. Obrigada, querida!

Bjs a todas e vou publicando como posso. Tomara que logo as coisas voltem aos eixos.

Taís