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Seu filho acha a escola chata? Ele pode ter razão.

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Seu filho acha a escola chata? Ele pode ter razão. Uma das maiores conquistas da humanidade com a internet foi sair da era da informação hierarquizada e entrar no admirável mundo da informação cooperada. Há bem pouco tempo, você deve se lembrar, a informação vinha de fontes quase únicas: grandes conglomerados que concentravam todo o poder de transmiti-la. E nós, o restante da humanidade, eramos passivos receptores daquilo que eles queriam que soubéssemos. Com a internet tudo mudou. "Power to the people". Qualquer pessoa com acesso a internet e um teclado, pode ouvir e se fazer ouvir. Da mamãe aqui ao William Bonner, passando pela menina na lanrause ao árabe revoltado no norte da África, todos produzem, compartilham e contribuem. E você tem diante de si um universo rico de informação e trocas, nunca antes imaginado. Que está só começando. Este sistema está trazendo mudanças rápidas e profundas nas instituições estabelecidas. Emissoras de TV, políticos, jornais...estã...

Castigos escolares

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Castigos escolares Um dos meus filhos nasceu com o senso de moral de um velhinho. É uma criança que sempre nos surpreendeu com tiradas tais como "Pessoal...Fulano não é egoísta. Ele só é o mais novo da nossa classe e ainda não sabe o que é emprestar". Isso quando tinha 6 anos. É companheiro, amigão de todos e fiel cumpridor de normas. Se não pode jogar lixo na rua, não pode. E fica apontando a lixarada na calçada, indignado. Já quis ser escalador de árvores, recolhedor de cães abandonados e agora parou no jogador de futebol. É bom saber que ainda tem uma criança lá dentro. Antes que vocês me achem uma coruja metida a besta, calma...a Dona Vida sempre se encarrega de quebrar nosso salto. Da mesma barriga que este brotou, veio meu outro filhote. Não quero rotulá-lo, mas eu diria que é um pequeno que exige um esforço maior de todos nós com relação ao desenvolvimento da ética e da moral. Desde muito pequeno, sempre deu um jeito de burlar as regras. É do tipo que pede pra ...

O que podemos fazer?

Semana difícil essa. Dolorida e infelizmente gravada para sempre e de uma forma cruel na memória coletiva. Enquanto todos correm para lá e para cá, buscando uma explicação que ao menos explique a brutalidade da tragédia (ela existe?), um grupo de mães se organizou e escreveu uma carta sobre nosso papel nessa sociedade tão complexa e tão precisada de gente do bem. Não participei da redação da carta. Mas me identifiquei e me senti no dever de retransmiti-la. Fiquem todos a vontade para também passar adiante ou publicar. Um beijo e paz! P.S: caso opte por publicar no blog, linque no endereço: http://futurodopresente.com.br/blog/index.php/2011/04/carta-aberta-as-maes-e-pais/ Que futuro terão nossos filhos?              Ana Cláudia Bessa -  www.futurodopresente.com Cristiane Iannacconi -  www.ciclicca.blogspot.com Letícia Dawahri Luciana Ivanike -  www.lucianaivanike.blogspot.com Monique Futscher -  www.mimirabolante...

Bullying em escolas particulares fere o código do consumidor. E nas públicas?

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O tema bullying continua dando o que falar. A  Adriana  encaminhou dois linques com notícias recentes. O primeiro é sobre uma escola particular no Rio de Janeiro, condenada a indenizar em 35 mil reais a famíliade uma menina vítima de bullying.  Clique aqui para ver a notícia no uol. A sentença foi baseada no código do consumidor: pais e escolas tem uma relação de prestação de serviço. O juiz entendeu que mesmo que o ato tenha sido praticado por crianças, dentro da escola o aluno está SOB RESPONSABILIDADE dos educadores. Eles precisam garantir a integridade física e psicológica de todos. Não sei se comemoro ou lamento. A decisão do juiz reafirma o que nós mães temos discutido e divulgado em nossos blogs: que a escola também tem que se posicionar firmemente contra esta prática e desenvolver ações cotidianas para minimizá-la. Ao mesmo tempo lamento que um assunto que deveria ser encarado por todos os educadores com uma questão de princípios éticos e morais, esteja s...

O jornalismo ajuda a perpetuar omissão da escola com relação ao bullying.

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O jornalismo ajuda a perpetuar omissão da escola com relação ao bullying. O que mais me chama atenção nas recentes matérias que saíram na imprensa sobre o bullying é a ausência de qualquer menção à responsabilidade das escolas. Entrevistam vítima, agressor, pais, especialistas e até famosos, mas ninguém fala sobre a participação dos educadores no combate a este grave problema. Clique aqui para ver as reportagens do Fantástico e do Jornal Nacional .  Pior ainda. No caso do menino australiano que reagiu a um suposto bullying e virou herói, criou-se a falsa impressão de que a melhor forma de resolver o bullying é a vítima reagir com agressividade. Claro que ele tinha todo o direito de se defender. Mas achar que é assim que se combate o bullying denota não apenas uma compreensão equivocada do problema, como transfere à vitima a responsabilidade por solucioná-lo. Com o agravante de  perpetuar a omissão por parte dos adultos que deveriam estar supervisionando aquelas crian...

Mamãe controladora - da série "Histórias Deliciosas de Mãe"

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Mamãe controladora - da série "Histórias Deliciosas de Mãe"   Era daquelas mães precavidas, que sempre tem antitérmico e agulha na bolsa. Tinha uma   necessidade patológica (como ela mesmo descreve) de ter as coisas sob controle. Acordava com tudo programado, das atividades dos filhos ao cardápio do almoço, lanche e jantar. Detestava quando algo saia fora do esperado. O filho queria muito um cachorro e perguntou se não podia ficar com a pudou da tia. A tia já havia concordado. Por não ter criança na casa, a cachorrinha era muito solitária. E a bichinha adorava o menino. A mãe negou. Preferia um cachorro grande. Optou por um rótivailer. Pesquisou criadores e foi atrás do mais gabaritado e caro. A cadela veio de longe e chegou chipada, com todas as certificações possíveis e um pedigree cuja linhagem faria inveja à familia real britânica. A paixão foi imediata e o menino não falou mais da pudou. O tempo foi passando e a bolinha gorducha crescendo. Mas crescendo pouco. Muito...

Princesinhas briacas

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Princesinhas briacas A Cereser, um dos maiores fabricantes de bebida alcoólica do país, está lançando um produto para crianças que tem cara de champanhe, bolhinhas de champanhe, rolha de champanhe, estoura como champanhe, mas não é champanhe. É um suquinho frisante, desenvolvido para as crianças fingirem que estão tomando...adivinha o quê?! Do ponto de vista mercadológico, um dos principais objetivos de se lançar produtos adultos em versão infantil (ou adolescente) é formar e fidelizar novos consumidores. Mais do que lucro imediato, a indústria busca investir nos mercados futuros. Por quê? "Old habits die hard", como diria o Mick Jagger. Velhos hábitos são difíceis de serem mudados. A indústria aposta que, uma vez desenvolvido o hábito de consumo daquele produto, principalmente na infância, dificilmente o consumidor deixará de consumi-lo na vida adulta. As lembranças da infância tem forte ligação emocional e afetiva e o produto passa e fazer parte delas. É por isso que ...

A infância do meu filho não está a venda.

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O mercado de cosméticos é bilionário. E de onde vem estes bilhões há muito mais. Isso não é suficiente para acalmar a fome de lucros das empresas. Eles querem mais, muito mais. Às custas de quem? De nossos filhos. Nessa semana, dois fatos me deixaram bastante preocupada com o rumo que as coisas estão tomando. Primeiro a notícia que o Walmart está para lançar a linha Geogirl, com produtos de beleza de verdade, de uso diário, para  crianças de 8 a 12 anos. Depois, a propaganda ridícula da linha Avon Barbie na Nickelodeon. Na internet você vai encontrar muitos textos sobre a linha Geogirl. Deslumbretes achando tuuuuuudo. E gente questionando se nossas tão violadas crianças precisam de mais essa. Por mim, já tá decidido: o Walmart não me pega mais. Tenho consciência de minha pequenez diante deste gigante, mas essa formiguinha tem muito orgulho de não dar mais um centavo pra essa rede de varejo que quer lucrar às custas da autoestima e da adultização de menininhas. Outros gig...

Filhos fora da Matrix (Criando filhos felizes, parte 2)

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Filhos fora da Matrix (Criando filhos felizes, parte 2) Outro dia, uma amiga comentou angustiada que o filho era muito submisso. O garotinho de 5 para 6 anos, era doce demais a ponto de fazer concessões não tão favoráveis a si próprio em troca de manter as amizades. Na hora, me lembrei de uma frase que havia escutado de uma educadora : "É preciso ser submisso para aprender a não se submeter". Uma frase forte, papo cabeça e que não aliviou em nada os anseios da mãe naquele momento. Reencontrei a criança cerca de um ano e meio depois. Ele me contou que havia brigado com o amigo. O motivo, nas palavras dele: "Ele fica me chamando de mané. Eu não sou mais mané." Fiquei muito impressionada. Na minha frente havia outra criança, mais segura, independente, consciente de seu valor. Quando li os comentários no texto anterior , senti a angústia crescente dos pais com a relação "criança x consumo x felicidade" e não pude deixar de associar os en...

Criando filhos felizes.

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Criando filhos felizes. Todos nós queremos "apenas" que nossos filhos sejam felizes. Meta ambiciosa essa. Se desejássemos "apenas" que eles fossem astronautas da Nasa, presidentes da república ou o novo Lama que libertará o Tibet, teríamos uma chance maior do nosso desejo se realizar. Mas somos ocidentais ambiciosos e a tal felicidade é nossa meta. Para isso preparamos nossos filhos desde muito pequeninos para conquistá-la. Como? Com uma intensa fomação material e intelectual. Melhores escolas, estímulo à leitura, boa alimentação, exercícios físicos, brinquedos - muitos brinquedos, informática, música, inglês, Danoninho e tudo o mais que a sociedade nos oferece e anuncia como a chave para um ser humano pleno e feliz. Não precisamos olhar além de nossos próprios muros para ver que há algo de bem errado com esta fórmula. Somos adultos com conforto material, saúde, carreira, família, carro do ano, pílulas para sorrir, trepar e dormir, aipédis, aipódes, aifones e,...

Reinventar para viver.

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Reinventar para viver. Recebi este email de um garoto de 74 anos que em 2010 resolveu dar um novo sentido à própria vida. Depois de uma vida dedicada ao ensino universitário num grande centro urbano, este menino foi aposentado meio que compulsoriamente. Para ele, que sempre afirmou que ia trabalhar até morrer, foi um baque. Reergueu-se decidido a mudar o rumo da vida. E reinventou-se para viver. Entro no meu tradicional módulo ofilaine até fevereiro, mas deixo a mensagem dele publicada na página de abertura do Ombudsmãe, para que todos nós, principalmente eu mesma, a tenhamos como exemplo de que sempre é tempo de rever a vida. E que não é preciso muito para torna-la ainda mais significativa e bela. Que venha 2011!  "Alguns de vocês me enviaram cartão de natal, desejando-me boas festas e um ano novo pleno de realizações.  Os cumprimentos de boas festas eu agradeço e retorno com votos dobrados ou aumentados ao infinito. O ano novo pleno de realizações... na minha ...

Mães pro Futuro

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Conheci a Ana Cláudia, do Futuro do Presente , há 3 anos, quando resolvi parar de alugar o ouvido de parentes e amigos e comecei a expor minhas opiniões no blog. Para uma blogueira virgezinha como eu, foi como conhecer a garota rodada do colégio. A mulher é um furor. Bloga, cuida de 4 hominhos, cachorros e quintal, promove listas de discussão na rede, grupos de ativismo, tem uma pequena empresa de produtos conscientes, participa de encontros de blogueiros, foruns educativos, tuita, feicebuca, orkuta, manda email, organiza blogagens coletivas, conhece um monte de gente na rede, enfim...é "O Cara" das mães que blogam. Aprendo muito com ela. Por isso, qual não foi minha surpresa, quando essa pessoa cheia de tempo ocioso (rs!) resolve inventar um selinho "Mães pro Futuro" , mesmo assumindo que é "cafona e ultrapassado" (a Ana é assim, não tem medo de ser feliz) e escolhe quem pra dar o primeiro? A Ombudsmãe que vos escreve! E que agora tá se achando, já que f...