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Mostrando postagens de 2012

Existe alimento infantil?

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Existe alimento infantil? O único alimento infantil produzido pela natureza se chama leite materno. Depois do desmame, os pequenos passam a se alimentar com comida comum a todos os humanos. O que muda é o preparo. Legumes amassadinhos, papinhas de fruta, carne desfiada, mingau de cereal. Em todos os tempos, em todas as culturas, sempre foi assim. Isto é, até chegar na nossa vez. Os pais e mães de hoje convivem com uma realidade inédita na história humana. A “comida infantil” inventada pelo marketing da indústria alimentícia. Entra em cena um extenso cardápio de “alimentos” anunciados como práticos para a mamãe e mais aceitos pelos pequenos: sopa pronta, nuggets, bisnaguinhas, bolinhos, biscoitos, petit suisse, macarrão instantâneo, leite fermentado, lanches de microondas, sucos e néctares (em pó, concentrado e de caixinha), refrigerantes, preparados à base de leite, cereais matinais, achocolatados, salgadinhos, combos de fast food, embutidos etc. Isso sem falar nas bala

Planejamento Familiar

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Planejamento Familiar Nunca foi boa em planejar viagens. Deixava tudo pra última hora. Sabia que isso irritava amigos e familiares, além de ser uma atitude de risco. Mas achava que, com crianças, fazer planos era ainda mais arriscado. E desse jeito viajandona ia levando a vida e os passeios. Na véspera resolvia, enfiava filhos, papagaio e violão no carro e partia.  Até que este ano, resolveu tomar uma atitude premeditada. Decidiu com um mês de antecedência que iria para Florianópolis. Trinta dias de antecedência era tanto tempo que precisou racionalizar internamente a atitude: o semestre estava quase acabando, os filhos iam faltar uns dias na escola mas eram bons alunos e mereciam um descanso, a passagem de avião comprada antes era mais barata, 2012 poderá ser o último ano de suas vidas...  Estava imensamente feliz consigo própria. Para dar conta dos preparativos arrumou até uma agendinha, onde anotava "comprar biquini", "avisar escola",

"O QUE VOCÊ FEZ COM MINHA MÃE?!"

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"O QUE VOCÊ FEZ COM MINHA MÃE?!" É uma dessas mães que fazem ativismo na rede. Sua última brigada foi contra o consumismo no Dia das Crianças. Inspirada pelas ideias de suas fieis companheiras virtuais, planejou um dia mais significativo, que celebrasse a infância com brincadeiras ao ar livre, piquenique e atividades familiares. Qualquer coisa para tirar o foco da garotada da montanha de presentes. O grande dia chegou e junto veio uma chuva torrencial. Lamentou o fato de São Pedro não ter apoiado a iniciativa tão louvável das mães. Depois da 19ª rodada de mímica e jogos de tabuleiro, decidiram fazer um passeio. A garotada sugeriu boliche e lá foram eles ao único da cidade: o do shopping. Esqueceu-se que em dia de chuva, ainda mais num feriado, um mico chamado King Kong invade os centros de compra e não poupa ninguém. Depois de rodarem 125km para achar uma vaga e atravessarem todo o estacionamento debaixo de d'água, descobrem que a fila do boliche era d

Aprendendo a trocar na escola.

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Aprendendo a trocar na escola. A primeira Feira de Trocas de Brinquedos da escola do meu filho começou estranha. Não pelas crianças, mas pelos adultos. Estavam meio tensos, inseguros, sem saber o que iria acontecer. "Será que vai ter briga, tumulto, confusão?". Sentimentos compreensíveis. A troca é a transação mais presente na história humana, mas nossa geração desaprendeu essa prática. Tudo o que temos foi comprado. Hoje, as Feiras de Troca estão voltando como uma forma mais consciente e, por que não, econômica, de dar um novo destino aos objetos que não queremos mais. Como uma das mães que propôs a atividade para a escola, fui convidada a comparecer para orientar a garotada. De posse do microfone, veio o frio na barriga: "Orientar o quê? Se nem eu sei direito como faz?". Na hora me lembrei das experiências compartilhadas pela internet com outras mães que participaram de feiras semelhantes e improvisei as dicas: "Olhem o que interes

Morte aos chatos.

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Morte aos chatos. Os ecologistas que me desculpem, mas se tem uma espécie que precisa ser extinta, é a dos chatos. O eterno chato. Aquele que, num banquete romano, dizia que achava absurdo atirarem pessoas para os leões e todos pensavam: "Ai meus Deuses, lá vem o chato." Naquele tempo, quem quisesse encontrar um chato, era só ir ao setor de cumbucas de barro do mercado. O chato nunca usava as de chumbo, pois desconfiava que faziam mal à saúde. Se tem uma coisa que chato sabe fazer é desconfiar. Queria ver o povo revirar os olhos? Era só o chato começar a falar que o negócio de importação de mão de obra negra para trabalho escravo tinha que acabar. E não adiantava argumentar que a economia precisava do setor, que ia causar desemprego nos estaleiros e nas fábricas de chicotes, que ia faltar gente pra tocar os engenhos e abanar as sinhás acaloradas. O chato respondia que ia surgir uma nova ordem mundial e essa era a dica pra você sair de fininho porque

Escolas que pensam.

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Escolas que pensam.  Me emociono todas as vezes que vejo educadores pensando fora do quadradinho do livro escolar e se abrindo para a vida. Essa semana, fui tocada pela reflexão dos educadores da EMEI Guia Lopes. EMEIS são escolas de educação infantil. Se pensarmos na hierarquia vigente, os profissionais que nela atuam são o chão da pirâmide, os menos reconhecidos e valorizados. Muitas vezes, até por si próprios. Infelizmente, permanece fortemente enraizada em nosso País a noção de que a criança pequena precisa de "tia" e não de educador. Tias são queridas e carinhosas. Mas seu lugar é em casa e não numa escola. Hoje sabe-se que existem habilidades a serem desenvolvidas na primeira infância, fundamentais para a vida adulta, que exigem conhecimento, formação e autonomia. Requer Professores. Com P maiúsculo, orgulhosos de sua profissão, cientes da sua importância e da imensa responsabilidade que é formar um pequeno ser humano. Por esse motivo, me impacto

O plin, plin na nossa mesa.

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O plin, plin na nossa mesa. É inocente acharmos que a educação alimentar de nossos filhos é responsabilidade apenas dos pais ou das merendeiras das escolas. Há tempos, ela vem sendo dividida com os meios de comunicação que, através de comerciais muito persuasivos, ensina-os desde a mais tenra idade a consumir produtos que trazem mais benefícios à saúde do mercado do que à saúde humana. Assim, assistimos impotentes nossos filhos crescerem sob o bombardeio de mensagens que pregam que refrigerante é felicidade, fast food é para se amar muito, tomar suco em pó é uma atitude que salva o planeta. Por mais que controlemos, por mais que optemos por uma dieta saudável, por mais que falemos “não” e desliguemos a TV, é impossível evitar que estas mensagens atinjam os pequenos e acabem fazendo parte da sua formação. Elas estão por todos os lugares e são repetidas à exaustão, como mantras da vida moderna. O problema é grave. Crianças são seres vulneráveis. Suas mentes, ainda em form

Perguntem às crianças.

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Perguntem às crianças. As crianças elaboram hipóteses geniais para entender o universo que as cerca. Fico imaginando como seria o mundo se não as condicionássemos desde a mais tenra idade a pensar só dentro da caixa. Conversando sobre isso com uma educadora, soube que existe uma técnica para incentivar a curiosidade e o espírito investigativo que consiste em reverter a pergunta. Assim, quando uma criança nos questiona algo, ao invés de respondermos de pronto, dizemos: "o que você acha?". Depois de ouvirmos a hipótese infantil, que deve ser levada a sério e jamais julgada certa ou errada, o assunto pode se encerrar naturalmente ou, se a dúvida persistir, sugerimos: "como podemos descobrir?". A partir daí parte-se para as pesquisas, as experiências, as trocas de estratégias a lá Dr. House no Mundo de Bickman. Quando a resposta chega, ela foi construída de dentro para fora e não imposta pelo adulto. A ideia é não formar donos de opinião e sim curiosos.

A melhor piada da propaganda.

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A melhor piada da propaganda. Publicitários, ouvimos falar que os senhores reclamaram que estão sendo vítimas de bullying.  Sabemos que as piadas fazem sucesso na publicidade, mas dessa vez não deu pra rir.  Bullying sofremos nós, seres humanos comuns, ao sermos ameaçados de ficar invisíveis se não comprarmos o carro da marca que vocês anunciam.  Bullying é ser mãe e ter que engolir muda o desaforo de ser chamada de Coca-Cola em rede nacional, como se esse fosse o mais supremo dos elogios.  Bullying é sermos obrigados a ter axilas claras e hidratadas, cabelos sempre lisos e sedosos e um corpo que não exala odor por 48 horas.  Bullying é sermos convencidos que só podemos sair às ruas com proteção. Solar, antibactericida e contra insetos.  Bullying é ter que consumir bebida alcoólica para ser da turma, pegar mulheres e curtir a balada. Bullying é aprendermos desde criança que só beija quem tem dentes brancos, brilhantes e hálito american fresh power

Hum, hum...sei...

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Vídeo divertidíssimo do Mamatraca sobre as informações que as mães recebem hoje. Melhor mesmo rir muito disso tudo. P.S: no Blogger saiu cortado. Melhor assistir direto no saite do Mamatraca . Assim vc pode fazer elogios rasgados diretamente às autoras. Clique aqui .

Santa (e desejada) ignorância.

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Santa (e desejada) ignorância. Logo cedo, recebo pelo Feicebuque a informação que a Nestlé tem estratégias advanced master de engajamento de pediatras.    Repasso o linque para umas pessoas que trabalham com saúde e nutrição e logo uma delas me cochicha virtualmente que alguns fabricantes de alimento tem estratégias tão escusas, que o aliciamento de pediatras é brincadeira de criança. E me descreve com detalhes o duvidoso o trabalho de alguns "profissionais" da área que tem metas mercadológicas a atingir, como qualquer balconista.  Depois vou ao mercadinho aqui do bairro para comprar tortilhas para comer com guacamole. Tortilhas nacionais (traduzindo: salgadinho com nome chique para não dar crédito ao fabricante). Pego o pacote e logo vejo a informação que é feito com milho transgênico. Procuro uma alternativa e TUDO na prateleira tem o famigerado T. NÃO VOU DISCUTIR SE FAZ BEM OU MAL. Mas acho um abuso eu não ter opção. O meu direito de ter uma a

Com a palavra, as MÃES

Compartilho texto inédito que publiquei no blog Infância Livre de Consumismo. Meu carinho sincero a todas as mães que, como eu, estão com a casa deliciosamente cheia de crianças. Adoro as férias! Com a palavra, as MÃES .

Carta aberta ao Conar

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Carta aberta ao Conar Duas recentes medidas do Conar referentes aos abusos da publicidade voltada para as crianças nos deixaram preocupados e ainda mais descrentes da atuação deste órgão com relação à proteção da infância. A primeira foi a decisão de sustar a campanha da Telessena de Páscoa por anunciar para o público infanto-juvenil um produto que só pode ser vendido para maiores de 16 anos (de acordo com regulamentação da SUSEP). A segunda foi a advertência dada pelo Conar à Ambev, com relação ao ovo de páscoa de cerveja da Skol. Ambas atitudes do Conar seriam dignas de aplausos - se tivessem sido tomadas quando as campanhas publicitárias estavam no ar, na Páscoa, em março. Mas o Conar só agiu em junho, quando as campanhas já não eram mais veiculadas. Com isso, não houve nenhum impedimento para que a mensagem indevida da Telessena atingisse impunemente milhões de brasileirinhos e que a Ambev promovesse bebida alcoólica através de um produto de forte apelo às crianças. A

Pais serão ouvidos em Audiência Pública sobre a publicidade infantil.

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Coletivo de pais será ouvido em Audiência Pública sobre regulamentação de publicidade infantil Texto de  Natalie Catuogn o , publicado originalmente no blog Infância Livre de Consumismo. Pais e mães que defendem a regulamentação da publicidade infantil serão ouvidos pela primeira vez na Câmara no dia 3 de julho. A audiência da qual o grupo participará é parte dos trabalhos da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Casa, que está analisando o PL 9521/01, que trata justamente de regulamentar a propaganda dirigida às crianças. O coletivo Infância Livre de Consumismo (ILC), que reúne os pais pró-regulamentação, requereu a participação quando ficou sabendo da audiência, e o pedido foi acolhido pelos membros da comissão. “Os pais nunca tinham sido ouvidos pelos parlamentares que discutem os rumos desse projeto. Entendemos a importância dessa ausculta, pois é uma forma democrática de a sociedade participar. É fundamental nossa participação nesse

Meu filho vai viajar com a escola.

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Meu filho vai viajar com a escola. Seu filhote vai fazer um passeio com a escola? Então leia e descubra em qual perfil de mãe você se encaixa: Mãe Tchauzinho - aquela que aguarda na escola até a partida do ônibus para poder se despedir, abanar a mão e mandar beijinho. É comum vê-la enxugando uma lágrima enquanto o ônibus some no horizonte. Mãe Defensora Pública – sabe quanto custam os ingressos de todas as atrações, o preço do transporte e da alimentação. Faz as contas e descobre que a escola cobra bem mais do que precisava pelo passeio. Contata as demais mães e organiza um movimento para reduzir os preços. Mãe Elma Chips – manda o lanche que a escola pediu e um extra pra garotada comer no busão. É a mais odiada pelo pessoal da limpeza. Mãe Mochileira – apesar dos avisos da escola para não mandar mochila no dia do passeio, obriga a filha a levar uma mochilinha com pelo menos uma muda de roupa. Ignora os protestos da menina e ainda dá um jeito de enfiar to

"Mãe, briguei na escola"

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O menino chega em casa suado e agitado. Mal entra e dispara com os olhos marejados: "Mãe, briguei na escola." Não consegue continuar. As comportas se abrem e ele solta o choro contido. As lágrimas escorrem pelas bochechas sujas. A mãe olha para ele com atenção. "O que aconteceu?" "Eu estava em cima da árvore. Um menino me provocou, disse que eu subia na árvore feito um elefante e eu respondi que ele nem conseguia subir. Eu desci da árvore e ele me deu um chute no peito, com a chuteira de trava."  O choro volta forte. Ele ergue a camiseta para mostrar as marcas que haviam ficado na pele. "Nossa! E o que você fez? Chamou um adulto?", pergunta a mãe, condoída. "Não. Dei um murro na cara dele e saiu sangue do nariz dele...mas, mãe, eu me defendi, foi ele que veio para cima de mim!" A mãe não sabe o que dizer. É contra a violência, mas o menino bateu nele e pelas marcas, bateu forte. Como ensinar a não violênci

Educar não tira férias

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Educar não tira férias Na praia, a menina de 5 anos pede um queijinho. A mãe compra e antes de entregar dá uma mordidinha. Ao ver o queijinho mordido, a menina reclama e começa a choradeira. Mãe e tia tentam, mas nada resolve: o queijinho ainda não mordido da tia não serve, um novo queijinho nem pensar, deixa pra lá e come seu queijinho – surto! O projetinho de gente queria o queijinho dela, mas sem a mordida. Os berros vão ficando mais insistentes e como não havia solução, a família opta por ignorar. A mãe termina de comer o queijinho, os irmãos correm para o mar e a tia abre uma revista. Ao ver que a gritaria não estava funcionando, a menina resolve mudar de tática. Pega um palito de queijinho e espeta com força as costas da mãe. A mãe fica muito brava, mas consegue se controlar e dá o recado: “Estou vendo que você está nervosa e muito brava com o que aconteceu com seu queijinho, mas você não pode machucar ninguém por isso. Se acontecer de novo, nós vamo

Nossos filhos e a avaliação escolar - Parte I

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Nossos filhos e a avaliação escolar - Parte I Uma vez ouvi de um estudante sueco que lá eles não colam nas provas. Na época revirei os olhos. Para uma universitária como eu, nascida em um país da turma do fundão, não colar soava como o cúmulo da inocência escolar. O estudante completou: "Colar é enganar a si mesmo. Por que você faria isso?" Essa frase ecoou anos na minha cabeça até que eu pudesse entendê-la. Mais ainda, pudesse entender porque lá eles pensam assim e aqui achamos que estamos apenas enganando o professor ou o sistema. Para compreendê-la, precisei primeiro de abrir mão de alguns conceitos errôneos e preconcebidos. Confesso que levei anos para entender que não se trata de um povo puro, correto, íntegro versus a malandragem gersoniana brasileira. Não somos coladores natos, nem enganadores desde a mais tenra idade. Somos muito mal avaliados! O sistema de avaliação da maioria das nossas escolas nos estimula a tentar burlá-lo. Explico: avali

Onde, senão na escola?

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Onde, senão na escola?  O "paraíba vagabundo" vira um brasileiro como eu A "bicha que merece uns tapas" se transforma apenas num cara diferente de mim O "neguinho safado" vira ser humano e meu mano Perco o medo de quem é diferente e com isso viramos todos iguais Onde, senão na escola?  Deixo de temer quem não teme o meu Deus A palavra "nosso" ganha um significado muito além do que ensina a gramática Descubro que nem toda mulher apanha como a minha mãe Aprendo outras formas de resolver problemas sem ser "enfiando a mão na fuça daquele filho da puta" Onde, senão na escola? Entendo que escutar é tão importante como falar Descubro que tenho uma voz e aprendo a usá-la Deixo de ser o filho especial e passo a ser só mais um aluno Observo que o comportamento que tenho em casa nem sempre funciona com meus colegas e professores e com isso mudo. Se não é na escola, onde é?  Al

Meu filho come com as mãos.

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Meu filho come com as mãos. Meu filho adora botar os dedinhos na comida. Catar os grãozinhos de arroz, os pedacinhos de bife, as florzinhas de couve-flor, a poeirinha da farofa. Já tentei fazê-lo usar os talheres, mas vi que ele não sentia tanto prazer e nem comia tão bem como quando se alimentava com as mãos. Decidi então jogar fora o manual da mãe aplicada e deixei-o seguir comendo no módulo um, dois, três indiozinhos. Mais tarde descobri que uma das maiores especialistas em desvio alimentar infantil, a Dra. Gill Harris, recomenda deixar que os pequenos comam com as mãos desde o primeiro momento em que se introduz os alimentos, para que sintam a textura, a temperatura, se dessensibilizem e percam o medo dos alimentos. Os talheres estão sempre ali pertinho sobre a mesa. Mas é com os dedinhos que ele vai esvaziando o prato e enchendo a barriguinha. O curioso é que aos poucos, ele foi entendendo por si próprio que há lugares em que esse ato não é apropri

Levante a mão quem não é consumista.

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Levante a mão quem não é consumista. Hoje é dia de blogagem coletiva materna sobre a Infância Livre de Consumismo . Escolhi não falar sobre a influência da publicidade na formação dos pequenos. Na página do ILC no Feicebuque e nos textos já publicados há informações preciosas sobre esse tema. Para mim, o que mais preocupa nessa louca relação consumo x criança x família é que nós, pais de hoje, somos consumistas. Somos talvez a primeira geração de pais formados desde muito pequenos para consumir. Me lembro que a geração que veio antes da minha, tinha uma relação completamente diferente com as coisas. O papel de presente era guardado para embrulhar novos pacotes. Nenhum pote de vidro ia para o lixo. Os livros eram encapados com carinho para serem usados novamente no ano seguinte. Comida era caseira. Fomos aprendendo aos poucos a usar caldo Knorr, o Arisco e outros aditivos industriais. Refrigerante era só no domingo e olhe lá, mas para comprar tinha que levar o casco. Água