Postagens

Mamãe Wilma Flintstone

Imagem
Mamãe Wilma Flintstone "Ô mãe, de novo parar pra perguntar?! Não conhece GPS, não?" "Mãe, sabia que tem uma placa escrito "Sem Parar" no pedágio? Por que você não vai nela?" "Mãe, por que nosso telefone tem fio?" "Ô Mãe, qué isso?!!! Cartão de orelhão?! Que mico! Me dá logo um celular!" "Mãe, o que aconteceu com o microondas que a gente tinha na cozinha? Vai me dizer que agora vou ter que esquentar água no fogão?" "Mãe, ficar olhando pra janela é um saco. Quando vamos ter um carro com TV no banco de trás?" "Mãe, meu amigo tem I-Phone, Wii, Play 3, MP11 e eu aqui com esse Play 2 quebrado. Tá certo isso?" "Mãe, vamos a pé? Tá maluca?! Sabia que a gente tem um carro parado na garagem!" "Mãe, me pede qualquer coisa...menos pra jogar lixo na composteira que eu morro de nojo!" "Mãe, por favor, por favor, por favor...manda uma bolachinha na minha lancheira! Não preci...

Meu filho vai pra guerra.

Imagem
Meu filho vai pra guerra. Houve um tempo em que os filhos eram tirados novinhos da proteção dos pais e criados para virar guerreiros. Crescidos e bem treinados eram enviados para as guerras sem fim, de uma antiguidade onde tudo se resolvia a golpe de espadas. Muitos não retornavam. Os que conseguiam, traziam nas bolsas os prêmios da vitória. E no corpo as marcas das luta: cicatrizes, mãos amputadas, pernas mancas. Hoje em dia, para a alívio das mães, nossos filhos não são mais confiscados no berço em defesa da pátria. Mas nem por isso deixarão de guerrear. E com nosso apoio e estímulo. Preparamos nossos filhos desde a mais tenra idade para a batalha da vida moderna. Queremos que eles sejam bilingues, que estudem nas melhores escolas, que façam esportes, informática, música, artes, kumon, simulados etc. Para quê? Para terem mais chances de vencer uma outra guerra. A guerra do mercado. Onde só sobrevivem os mais preparados. E dá-lhes preparação. Não queremos criar perdedores! Daí, um dia...

O consumismo infantil na (dis)versão da Veja.

Imagem
O consumismo infantil na (dis)versão da Veja. Parei de assinar a Veja quando me dei conta que me aborrecia muito com o "jornalismo" tendencioso de tal revista. Pagar para ser irritada semanalmente pela Abril, chama-se masoquismo e esta prática ainda não faz parte do meu repertório de esquisitices. De lá pra cá, só leio a Veja nos consultórios odontológicos e no banheiro de algum parente. Não compro nem na banca, pois a irritação geralmente já vem com a capa. Nessas lidas eventuais, a Veja nunca decepciona. Sempre defende abertamente seu peixe. Foi assim quando detonaram o construtivismo. Alguém me diga se uma empresa que VENDE um sistema de ensino apostilado (o Sistema Ser de Ensino) tem a isenção necessária para criticar outra proposta educacional? Ainda mais uma proposta educacional que não convive bem com apostilas. Agora eles publicam uma matéria sobre o consumismo infantil. Dizendo que é tudo balela, é claro. Opa! Folheiem a Veja e me digam: quem mantém a revista? Os anu...

Salvem a natureza contanto que ela não cubra minha vista.

Imagem
Salvem a natureza contanto que ela não cubra minha vista. Queridos vizinhos do condomínio de cima, Recentemente ficamos sabendo que vocês tem autorização da Prefeitura para arrancar todos os Sansões do Campos que ficam do lado de cá do muro que nos separa. Estamos tristes. Muito tristes. Ficamos menos humanos, sempre que uma árvore cai. E são centenas de árvores que dessa vez cairão, mesmo que disfarçadas sob o nome de "cerca viva". Não sabemos quem plantou os Sansões que hoje atrapalham a vista das suas varandas e "suja" com folhas sua trilha de caminhada. Mas sabemos que do lado de cá, um morador generoso capinou com enxada e suor uma longa trilha sob a sombra deliciosa dos Sansões que vocês querem arrancar. (Curiosa é a vida...o que para uns é um incômodo, para outros é benção). Coloquei a foto aqui para vocês verem e os convido a caminhar por ela antes que desapareça ao ronco da motosserra. Ficamos sabendo também que vocês não planejam apenas cortar os Sansões. ...

Esse não é o meu filho.

Imagem
Esse não é o meu filho. O menino de 7 anos entrega pra mãe o bilhete da professora. Os olhinhos repletos de medo e lágrimas. A mãe, empregada doméstica que estudou só até o ginásio, pára de fazer a sopa para ler: "Mãe, seu filho é desatento, apático, desmotivado e irmão de autista. Favor encaminá-lo a um especialista." A mãe senta-se na mesinha da cozinha. Agora é ela quem está engasgada e com vontade de chorar. Olha para o menino assustado. Chama-o para perto de si. "Amanhã, vou na escola falar com sua professora. Vou dizer para ela que vamos rasgar esse bilhete porque ela errou de criança. Eu não conheço este menino que ela escreveu aqui. Este não é o meu filho. A única coisa que ela acertou foi sobre seu irmão. Mas sobre você...tá tudo errado. Vou falar para ela prestar mais atenção e ver que você não é nada disso." O menino dá uma risada gostosa: "Jura, mãe? Você vai falar pra ela que não sou eu?! Rá, rá...nós vamos mostrar pra ela, né, mãe!...

Amamentar não é um ato de amor - parte 2.

Imagem
Na semana da amamentação, que aconteceu no início de agosto, o texto "Amamentar não é um ato de amor" , voltou a ser tema de algumas discussões na rede. Agradeço a todas a mães, como a Pérola - do Mamãe Antenada , a sensibilidade com que colocaram novamente em debate a ligação entre amamentar e amar. Amamentar é um ato de amor? Claro que é. Assim como muitos outros. Ninar, acalentar, consolar, dar um banho gostoso, fazer shantala, preparar uma comidinha caseira, tocar, proteger...todos são atos de amor. Mas nenhum deles tem hoje a mesma dimensão que a amamentação ocupa na mente e no coração das mães da nossa sociedade. Por isso mesmo, a Vera Pileggi Vinha, minha mãe, quando estava nos últimos anos de uma vida dedicada ao estímulo ao aleitamento, foi contra usar este apelo como tema das campanhas pró-amamentação. Por quê? Porque ela identificou que este apelo tinha dois efeitos devastadores: enchia de ansiedade as mulheres inexperientes de uma sociedade cada vez mais distant...

Escola emburrece.

Imagem
Escola emburrece. O uso das marcas da Coca-Cola, McDonald's e Objetivo nas apostilas de uma escola cara de São Paulo, acendeu recentemente o discurso sobre o estímulo ao consumismo na sala de aula. Segundo a matéria da Folha Online , os educadores envolvidos foram logo sacando o argumento padrão nº 1 contra pais que questionam: "não se pode criar um filho numa redoma". Como se estudar numa escola cara, recheada de tênis de marcas, aipodes, aifones, aimeubolso e aiminhasantapaciência, fosse mantê-los numa bolha anticonsumo. Querer que, ao menos no material didático, marcas não fiquem desfilando na frente das crianças é ser superprotetor? Me poupem. Mas vamos voltar para o conteúdo da apostila. Vou ser sincera: não me preocupei tanto com o apelo consumista que, obviamente, está presente de forma vergonhosa na atividade. O que me chocou foi a pobreza do exercício! Os pais pagam mil reais por mês e a escola tem a cara de pau de dar um exercício daquele nível gráfico e intelec...

Meu pai quer plantar árvores.

Imagem
Meu pai quer plantar árvores. Meu pai tem 74 anos e aposentou-se recentemente. Poderia, com louvor, calçar o chinelo e esperar na sombra o bondão passar. Mas quem o conhece sabe que isso dificilmente aconteceria. Este homem que passou a vida toda na urbanidade, resolveu plantar árvores. Não uma ou duas. Hectares de árvores. No momento, procura terras para começar sua plantação de Guanandi. Uma árvore de lei, considerada em extinção, protegida desde os primórdios pela Coroa portuguesa e que leva uns 18 anos pra dar algum retorno ao plantador. "Pai, tem certeza? É nisso mesmo que você quer se meter?" "Filha, certeza absoluta." Ele responde com o entusiasmo de um surfista que descobriu uma praia deserta de ondas perfeitas. "Eu me vejo caminhando por entre as alamedas de árvores. Quero encher pastos e pastos com Guanandi. E vou colocar um pouco de Acácias também, pra ter flores, abelhas e produzir mel." Quando escuto o carinho com que meu pai fala de suas árvo...

Desinibidos e desavisados - a exposição adolescente na rede.

Desinibidos e desavisados - a exposição adolescente na rede. A avó me conta, com um riso meio constrangido, que o neto está fazendo sexo virtual. A namorada pede que ele tire a roupa diante da uébicam e diz que está toda "molhadinha". O neto tem 14 anos e a namorada 13. E os pais não sabem direito o que fazer, além de instalar filtros no computador. Não ia publicar este texto. Achei invasivo demais. Incômodo. De uma intimidade que não me pertence. Até que li, domingo passado, a matéria do Estadão sobre a preocupante onda de exposição adolescente na internet . E depois saiu matéria no Fantástico. É um assunto que ainda vai dar muito o que falar. Porque é grave e o fenômeno só cresce. Entendo a curiosidade dos adolescentes. Já fui uma e também tive vontade de tirar fotos nuas. Necessidade de me sentir sexy. Mas era num tempo em que nossas fotos, no máximo acabavam numa caixa de sapato no guarda roupa. Há uma cena hilária no filme "Doidas Demais", em que a Goldie Hawn ...

O que vai no seu pão?

Imagem
O que vai no seu pão? Chico é o que o povo dos Pampas chama de "mal domado". Uma pessoa que segue a vida orgulhosamente desencaixada dos padrões sociais vigentes e esperados. Tive a sorte de ser sua vizinha e a felicidade de, aos poucos, ir virando sua amiga. Um dia, comentei com ele minha frustração por minha máquina de pão estar quebrada e ele exclamou com aquele ar de superioridade de quem nunca comprou na Polishop: "Mas ninguém precisa de uma máquina para fazer pão!". "Isso porque você nunca experimentou os tijolinhos que faço a mão", respondi resignada. "Eu te ensino. Não tem segredo". E um sábado à tarde, Chico aparece em casa, com um saquinho de fermento, um pouco de linhaça e toda a paciência de quem está determinado a transformar uma oleira em padeira. A primeira lição: "Pão é basicamente farinha, água e fermento. Os outros ingredientes você coloca se quiser." A lição foi ótima e rendeu dois lindos pães de trigo integral com ce...

Solo fértil.

Imagem
O apoio dado ao Manifesto pelas Mães superou de longe nossas expectativas. Já contamos com mais de 500 assinaturas e a campanha está só no começo. Quando retornarmos das férias – leia-se: a molecada voltar pra escola e a gente reconquistar aquelas preciosas horas de teclado e introspecção, faremos um novo e bem mais amplo esforço de divulgação. Mas antes de tudo, queremos agradecer às mães e pais queridos, sinceros e parceiros que, logo de cara, abraçaram a causa. Seus comentários nos emocionaram e deram força pra que a gente retorne em agosto com todo o pique. No site do Grupo Cria, estamos lincando todos os blogs que estão ajudando a divulgar o Manifesto . Mas como a internet é uma colcha de retalhos - com muito fuxico e tricô - alguns blogs podem ter escapado da nossa atenção. Se isso aconteceu com o seu, nos mande um email e o incluiremos na lista. Boas férias, luz e curtam muuuuuito seus filhotes em casa. Sejamos mães, com orgulho! Até agosto!

Você não é incompetente. Você é mãe.

Imagem
Quatro amigas blogueiras e eu resolvemos nos reunir num sonho meio quixotesco. Valorizar a maternidade. Começamos com a publicação de um Manifesto pelas Mães , que reune tudo o pensamos e também o que aprendemos nestes anos de muita troca com as mães incríveis que frequentam a blogosfera. Acreditamos que estamos diante de um novo momento. De uma nova geração de mulheres, mais feministas do que nunca, mais cientes do que jamais foram de seu papel e do seu enorme valor. O Manifesto é apenas um começo de um trabalho que pretendemos desenvolver de reconhecimento da importância da mãe e da família para a construção de uma sociedade mais justa, mais humana, mais responsável. Ele foi redigido com o cuidado intenso de valorizar a maternidade nos seus diferentes formatos. Nenhum é melhor que o outro. Todas somos mães, fazemos o nosso melhor e queremos ser valorizadas! Essas imagens são parte da campanha de lançamento do Manifesto pelas Mães . Clique sobre elas para ampliá-las...