Santa (e desejada) ignorância.
Santa (e desejada) ignorância.
Logo cedo, recebo pelo
Feicebuque a informação que a Nestlé tem estratégias advanced master de
engajamento de pediatras.
Repasso o linque para umas
pessoas que trabalham com saúde e nutrição e logo uma delas me cochicha virtualmente
que alguns fabricantes de alimento tem estratégias tão escusas, que o
aliciamento de pediatras é brincadeira de criança.
E me descreve com detalhes o duvidoso o trabalho de alguns "profissionais" da área que tem metas
mercadológicas a atingir, como qualquer balconista.
Depois vou ao mercadinho aqui
do bairro para comprar tortilhas para comer com guacamole. Tortilhas nacionais
(traduzindo: salgadinho com nome chique para não dar crédito ao fabricante).
Pego o pacote e logo vejo a informação que é feito com milho transgênico. Procuro uma
alternativa e TUDO na prateleira tem o famigerado T.
NÃO VOU DISCUTIR SE FAZ BEM OU MAL. Mas acho um abuso eu não ter opção. O meu direito de ter uma arma é garantido. Mas nada garante meu direito de querer comer milho comum.
NÃO VOU DISCUTIR SE FAZ BEM OU MAL. Mas acho um abuso eu não ter opção. O meu direito de ter uma arma é garantido. Mas nada garante meu direito de querer comer milho comum.
Chego em casa e meu menino me
mostra orgulhoso a camiseta da formatura da turma dele do 9º ano do fundamental. No peito, a
ilustração clássica da evolução humana, do macaco ao...andarilho do uísque Johnnie
Walker! Ele tem 14 anos.
Fecho os olhos e me lembro do
artigo de um desses pensadores moderninhos que tentam imitar o Paulo
Francis, chamando de "fascista" todas as formas de controle como, por
exemplo, do uso indiscriminado de antibióticos. O fiel depositário da lucidez
humana vai além desmerecendo os indignados e mandando as mães pararem de reclamar
e cuidarem melhor das crias.
Nessa hora, me deu vontade
dar um soltar um VÁ PRA PUTA QUE O PARIU do tamanho do bonde que temos que
engolir diariamente.
Só não o fiz em respeito sincero às mães e às putas.
E quem reclamar que acabei este texto com uma piada manjada, ganha uma camiseta da trajetória humana terminando em birita.
Ilustração: Maitena, na capa do livro "Mulheres Alteradas 2", editora Rocco.
Comentários
Aqui é tao bom quero cara vive no meio das gôndolas.
Beijo
Just this!!!!
Com uma batalha ganha (que vc teve conhecimento) consegui com uma só carta mudar toda a decoração junina que tinha sido feita com bandeirolas da Yoki, em pleno escandalo de assassinato e esquartejamento.
Argumentei sobre o incentivo ao consumo, consumismo e tb a ligação, não muito saudável, do nome Yoki a coisas tristes na mídia.
Contei para minha mãe, efusiva, sobre a conquista, ao passo que essa me solta: "Mas qual é o problema? Não era festa junina? Yoki não é marca de pipoca e doces de festa junina?"
Essa foi minha hora da santa (e desejada) ingnorância. rs
Bjus
Hegli